13 de setembro de 2010

Palmeiras 0 x 0 Vasco da Gama

Felipão mexeu mais uma vez no esquema do time e, novamente, não acertou. Parece que o grande técnico anda meio perdido. Está certo que o elenco é fraco, mas outros técnicos com elencos tão ruins quanto estão alcançando melhores resultados. A única desvantagem de Felipão é seu time ter os piores dirigentes que já houve na história do clube (e olha que o histórico de péssimos dirigentes no Palestra é infindável). No final o resultado, péssimo do ponto de vista de classificação, acabou sendo injusto ao adversário que se mostrou mais organizado apesar do nível horrível do jogo. Tivesse um pouco mais de ousadia e o Vasco da Gama teria facilmente vazado a fraca defesa do Palmeiras. Menos mal que o time carioca também não passa de um "catadão" de segunda.
O Palmeiras quase não jogou futebol ontem. Correu, lutou mas sem a mínima organização e carente de qualidade. O esquema 4-3-3 com três volantes no meio e três atacantes tinha tudo para não funcionar, já que não havia quem armasse o jogo. Dito e feito, a distância entre meio e ataque era enorme e o time vivia aos chutões. A entrada do Valdivia, mesmo sem pernas, melhorou o time mas não ao ponto de produzir um espetáculo ao menos razoável.


Deola: Sem problemas nas poucas vezes que foi acionado. Erros tolos na saída de bola.
Vitor: Nos primeiros cinco minutos parecia o lateral do Goiás. Fugaz ilusão. Mais errou que acertou.
Mauricio Ramos: Bateu cabeça com Danilo sempre que o Vasco arriscava o ataque.
Danilo "Cuspe": Errou passes, meteu a mão na bola dentro da área duas vezes (sorte que o juiz não viu) e passou o jogo todo xingando os companheiros, afinal, ele é "líder".
Rivaldo: Por incrível que parece é pior de lateral de que de volante. Sem consciência tática, eufemismo para absoluta falta de neurônios, deixou espaços incríveis na defesa.
Edinho: Jogou na cabeça da área, protegendo a frágil dupla de zagueiros e fez trabalho razoável.
Márcio Araújo: Jogou na sua posição de origem e foi melhor do que nas últimas partidas como ala.
Tinga: Não é armador e teve péssima atuação. Mas a culpa maior é de quem o escalou nesta função. Patrick: Deu pena do coitado. Jogador de empresário que das bases do São Caetano ficou pingando de clube em clube como o Catanduvense e Santos, até achar uma boquinha no "estacionamento dos empresários", o Palmeiras B. Assim, Patrick nunca teve um trabalho de base, o que se nota claramente na sua absoluta incapacidade de se posicionar em campo.
Ewerthon: Ao menos consegue trocar passes e chutar certo, o que já é muito mais do que as outras opções de ataque tem conseguido mostrar. Tadeu: Apanhou da bola.
Kleber: Jogou longe da área para tentar armar o time e, naturalmente, ficou aquém do desejado. Precisa jogar mais próximo da área.
Luan: Ridículo. Está mostrando por que era reserva indesejado num time medíocre da França. Valdivia: Mesmo fora de forma não pode ficar no banco.


Na volta do recesso da Copa o time tinha um possível time titular superior ao do ano passado com Deola; Vitor, Léo, Edinho e Pablo Armero; Márcio Araújo, Tinga, Lincoln e Valdívia; Ewerthon e Kleber. Ou ainda uma alternativa equilibrada de 3-5-3 dependendo da qualidade dos novos canhotos com Deola; Léo, Edinho e Fabrício; Vitor, Lincoln, Valdívia, Rivaldo e Pablo Armero; Kleber e Luan. Mas a coisa está desandando por diferentes razões:

  • Léo saiu como parte da compra do Kleber.
  • A Turbo Sport vendeu Pablo Armero.
  • O futebol do Vitor ainda não chegou de Goiás.
  • Lincoln está no estaleiro e é caloteado pelos dirigentes.
  • Valdivia está fora de forma.
  • Ewerthon não convence Felipão.
  • Rivaldo e Luan ainda não mostraram ao que vieram (Fabrício precisa de mais oportunidades).

E não há reposição para as peças que não funcionam, mas isso já era sabido, pois o elenco é escasso em qualidade e há quatro anos as bases são incapazes de apresentar uma boa solução para o elenco principal. Creio que não resta muita opção ao técnico que não seja colocar para jogar aqueles jogadores que tenham um melhor histórico no futebol e que ele possa considerar para o elenco do próximo ano. Deola ou Bruno; Vitor, Edinho, Fabrício e Gabriel Silva; Márcio Araújo, Tinga, Lincoln e Valdivia; Ewerthon e Kleber, ainda parece ser a opção menos ruim. E é claro, rezar para os dirigentes ao menos honrem seus compromissos com o elenco.