Os dirigentes do Palmeiras das últimas mais de três décadas não se destacam apenas por afastar seus potenciais torcedores, mas também primam em não conseguir alavancar receita com a atual massa de 13 milhões de torcedores, ainda a quarta maior torcida do país. Mustafá foi um desastre também neste quesito, seus acordos de patrocínio, seja publicitário, seja com material esportivo eram risíveis. Mas Belluzzóquio e seus cúmplices do Muda Palmeiras não ficam atrás. Mesmo estando no poder num período quando estes contratos valorizaram-se substancialmente no futebol brasileiro, o Palmeiras ainda faz acordos abaixo do seu potencial. Basta comparar com o que os outros clubes, também todos eles mal administrados, conseguem negociar.
No caso de patrocínio publicitário nos uniformes, os três clubes de maior torcida fizeram acordos bem melhores: Corinthians alcançou R$43 milhões, Flamengo R$30 milhões e o São Paulo R$25 milhões, enquanto que o Palmeiras mal passou dos R$17 milhões e ainda se debate para conseguir um patrocinador para suas mangas. Mesmos clubes com menor torcida conseguem valores por seus uniformes muito próximos ao do Palmeiras, como o Vasco da Gama com R$16 milhões, os grandes mineiros com R$15 milhões e até o Fluminense, que tem ¼ da torcida alviverde, chega a R$14 milhões. E o que dizer do Santos, cuja torcida é menor que a metade da do Palmeiras, e arrecadou R$20 milhões para estampar o patrocinador na sua camisa?
Quanto ao material esportivo, o quadro não muda muito. Enquanto o Palmeiras consegue R$9,2 milhões da Adidas, o Flamengo levanta R$21 milhões, o São Paulo R$29 milhões e o Corinthians R$16,5 milhões com seus fornecedores.
Mesmo com estes resultados pífios, que subaproveitaram a maré favorável dos últimos quatro anos, os dirigentes, e até alguns torcedores-hienas, insistem enxergar uma grande performance nesta questão. Os primeiros mentem e os segundos são apenas idiotas úteis.