15 de agosto de 2009

PPP e outros projetos sociais

Não. Não se trata da "Parceria Pública Privada" ou de mais engodo econômico do PSDB e PT. Este PPP refere-se ao "Plano de Previdência Privada" que o Palmeiras oferece a alguns seletos jogadores. Mustafá lançou o plano quando renovou o contrato do zagueiro Daniel, então com 31 anos de idade, por mais dois anos nos quais o zagueiro nunca mais entrou em campo. Ficou recebendo seu salário para "treinar em separado".
Posteriormente o plano foi expandido com a entrada dos atacantes Enílton e Washington. Os dois já haviam sido descartados pelo técnico Tite em 2006, mas enquanto já treinavam em Guarulhos foram agraciados com longos contratos e até hoje estão ligados ao clube. Assim, nunca mais jogaram ou jogarão pelo clube, mas avançaram a idade de 30 anos sempre recebendo direitinho, seja enquanto treinavam em separado ou sendo emprestados com o Palmeiras ainda arcando com parte dos seus vencimentos.
Mais recentemente o clube convidou Edmílson para o seu PPP. O Canhão do Pantanal, já com 29 anos, chegou com um contrato de dois anos para se aposentar em Guarulhos. Fabinho Capixaba, outro obscuro jogador então com 25 anos, chegou ao clube e ganhou um contrato de cinco anos. Hoje está na reserva no Avaí-SC, mas com os salários garantidos pelo Palmeiras até meados de 2013. Ainda na lateral direita temos o caso de Everton. Quem? Everton, um lateral direito de 21 anos reserva na Ponte Preta que o Palmeiras contratou para arrastar sua carcaça pelo time B com um contrato também até 2013. E o Max? Este pseudo-jogador de futebol ganhou no Palmeiras um contrato com vencimentos chegando à R$84 mil/mês por três anos, ou seja, em um único mês está ganhando aquilo que talvez nunca fosse ganhar com o futebol em toda sua vida (mas neste bizarro caso do Max não se sabe se empresário e dirigentes ficam com a maior parte deste valor).

Além de continuar a prática do PPP lançada por Mustafá, o Muda Palmeiras de Belluzzóquio está inovando, e lançou um programa de reabilitação de delinqüentes. No ano passado tivemos dois casos: Thiago Cunha, que falsificou seus documentos no início de carreira, ganhou a chance de jogar pelo Palmeiras. Verdade que já sumiu, mas não sem antes envergonhar as cores do clube aparecendo para o mundo da bola. E tem ainda o incrível caso do atacante Cláudio. Quando foi condenado também por falsificação ideológica (trocou o nome pelo do irmão mais novo) teve o contrato renovado por seis meses. Já neste ano, passado aqueles seis meses, ganhou mais um contrato agora até meados de 2010. E lá está ele se "reabilitando" em Guarulhos com salários pagos pelos torcedores.