Fechamento de ano é época de balanço, de avaliar e refletir o que deu certo e o que falhou durante o ano. É o que busco fazer abaixo com relação ao desempenho do Palmeiras neste ano de 2008. Antes um resumo.
Depois de um péssimo ano de 2007 os dirigentes começaram o novo ano com o pé direito. Trocaram o péssimo Caio Junior por um técnico mais competente (porém demasiadamente caro), contrataram bons jogadores com suporte de um investidor e deixaram a equipe competitiva. Fora dos gramados começaram a valorizar a marca Palmeiras com melhores contratos de patrocínio, investiram no centro de treinamento, apresentaram planos para desenvolvimento das divisões de base (Green Talent) e avançaram na construção do novo estádio. O resultado não tardou, o título paulista aconteceu com méritos apesar da certa facilidade que a situação dos concorrentes trouxe para o nosso time (São Paulo e Santos envolvidos com a Libertadores e Corinthians em processo total de reestruturação). Era mesmo para deixar os torcedores entusiasmados, porém, depois do título regional, uma série de equívocos trouxe de volta o pessimismo quanto aos destinos do clube no futuro próximo. Escândalos não apurados, más contratações, perda de controle sobre a comissão técnica, projetos que não saíram do papel, falta de planejamento e venda mal feita de jogadores foram algum dos problemas que prejudicaram a competitividade da equipe, diminuindo o entusiasmo da torcida. Mesmo assim, ainda capitalizando os acertos do primeiro semestre, o time conseguiu a bastante desejada classificação para a Libertadores. Foi sem dúvida o melhor ano do time desde a saída da Parmalat no ano 2000, mas terminou com o gosto amargo de uma tendência negativa na qualidade da gestão do time. A grande dúvida que fica é saber qual será o desempenho dos que dirigem o clube – o visto no primeiro semestre deste ano ou aquele do segundo semestre? Que os ventos do início de 2008 soprem nas mentes daqueles que comandam o time!
Na seqüência faço um ranking dos acertos e erros na gestão do time ao longo deste ano, com notas de 1 a 5 (1 sendo a pior avaliação):
Dependências Futebol Profissional (nota 4)
Fazia muito tempo que não se investia no Palestra Itália e nas dependências da Academia. Mas este ano o Palestra recebeu novo gramado, as dependências foram melhoradas e o setor VISA demonstrou que há público para pagar ingresso mais caro desde que haja reciprocidade no conforto de adquirir ingresso, acessar o estádio e assistir a partida. Incluo aqui a acertada política de preços majorados, pois uma equipe competitiva e o espetáculo de uma partida de um time como o Palmeiras devem ser valorizados. É claro que ainda falta muito, mas muito mesmo para que o Palestra seja um estádio decente, haja visto o absurdo da venda de ingressos nas finais do campeonato paulista, mas o rompimento da inércia de décadas é meritória. O mesmo aconteceu com o centro de treinamento que seguiu ganhando novas dependências, aparelhagem condizente e condições profissionais de trabalho. Falta dar continuidade a isso e estender o mesmo tratamento as divisões de base que ainda trabalha longe do alojamento e com CT em estado precário.
Como disse, a nota alta vai pela ruptura da inércia, e a esperança de que esta atitude não pare no que já foi feito.
Contratos de Patrocínio (nota 4)
Foi outro ponto alto deste ano. A mudança no contrato de patrocínio da Pirelli para Fiat e Suvinil apresentou ganho financeiro relevante, o mesmo acontecendo com a recente renovação com a Adidas para o material esportivo. Caso isso não acontecesse agora o time teria problemas para conseguir estes aumentos, pois o novo momento econômico deve trazer uma retração na crescente de investimentos que o futebol mundial e local estavam apresentando. Os montantes ainda não estão condizentes com o tamanho da torcida (4ª maior do país), mas melhoraram, e muito, com relação aos valores declarados até o ano passado. Ponto negativo para a patética atuação dos dirigentes diante das falsas notícias sobre o valor do contrato com a Fiat. Deixaram o barco correr e pousaram como pais do maior patrocínio nacional, enganando a torcida e ferindo a postura profissional que pregavam.
Projeto Novo Estádio (nota 3)
Deveria ser a grande conquista na gestão deste ano mas o tão desejado novo estádio foi maculado por dois fatos. Primeiro a abjeta briga que partidários das facções políticas do clube proporcionaram. É triste ver que os interesses pessoais de todos esses indivíduos se sobrepõem aos do time e de seus torcedores. O segundo fato é a morosidade das obras. Prometidas inicialmente para ter início em meados deste ano, até agora não passaram de uma inacabada demolição de um dos ginásios do clube. É torcer para que esta grande iniciativa, sobre a qual já se fala há mais de uma década, não continue apenas na promessa.
Contratações (nota 2)
Como mencionei acima tivemos dois momentos distintos na qualidade das contratações. No primeiro semestre o índice de contratações positivas foi alto. Senão vejamos:
Diego Souza: Jovem e dos mais desejados jogadores então no mercado local, contratado para auxiliar Valdivia na armação das jogadas. Seu desempenho ficou abaixo das expectativas, mas a contratação em si foi bem pensada e executada.
Henrique: Outro jovem de grande potencial. Vinha de duas excelentes temporadas pelo Coritiba e para uma posição carente no elenco. O que mais se pode pedir de uma contratação?
Elder Granja: Era considerando um dos bons laterais direitos no mercado e estávamos carentes na posição. O risco era sua condição física, mas o tempo mostrou que a aposta era acertada. Como veio sem custo de investimento considero a contratação excelente.
Léo Lima: Era outra contratação de risco dado a conduta pouco profissional deste jogador nos outros clubes pelos quais atuou no passado. Porém considero sua passagem muito positiva. Atuando como volante que sabe sair jogando fez um excelente regional. Caiu de produção no segundo semestre, mostrando displicência na distribuição do jogo. Mas é muito superior a Jumar e Sandro Silva e não deveria ter perdido a posição quando regressou das contusões musculares. E quanto a conduta extra-campo não apresentou os problemas do passado. Mais uma contratação de risco relativo, sem custo, e que deu retorno.
Alex Mineiro: Excelente contratação. Fez tudo que se esperava dele, e sem custo de investimento.
Kleber: Outra excelente contratação. Jogador ainda jovem que despontou bem no país e tinha bom cartaz no seu time no exterior. Não foi um empréstimo barato mas deu retorno.
Denilson: Deixou de jogar futebol, há muitos anos e foi despejado do São Paulo por dar mau exemplo aos jogadores mais jovens. Contratação sem sentido apesar da carência de atacantes no elenco.
Jorge Preá: Outra contratação sem sentido. Por que um jogador de 24 anos ainda atuando na 2ª divisão do campeonato gaucho seria útil ao Palmeiras?
Lenny: Apesar de jovem, Lenny era detestado pela torcida do Fluminense e havia sido devolvido pelo Sporting de Lisboa depois de poucos meses por lá. Veio no rolo da frustrada tentativa de contratação do Thiago Neves. Era de alto risco e não foi surpresa seu desempenho medíocre.
Foram nove contratações no primeiro semestre, sendo quatro indiscutíveis (Diego Souza, Henrique, Alex Mineiro e Kleber), duas de risco relativo que resultaram positivas (Elder Granja e Léo Lima) e três ruins desde o conceito inicial (Denilson, Jorge Preá e Lenny). Alto índice de acerto, que se juntando a base anterior do time constituiu um elenco de bom nível (altíssimo para os padrões atuais no Brasil) com algumas boas opções no banco: Marcos (Diego Cavalieri); Elder Granja (Wendel), Gustavo (David), Henrique (Dininho / Nem) e Leandro; Pierre, Léo Lima, Diego Souza (Martinez) e Valdivia (Deyvid); Kleber e Alex Mineiro.
Porém tudo mudou no segundo semestre. As doze contratações realizadas foram equivocadas de princípio ou de alto risco: Fabinho Capixaba, Jeci, Gladstone, Roque Junior, Paulo Almeida, Jefferson, Sandro Silva, Jumar, Evandro, Maicosuel, Moacir e Thiago Cunha. Já escrevi sobre estas contratações antes e reitero que por todos os ângulos que as olho vejo falhas de conceito. A maioria nunca despontou no futebol e vinham de uma infinidade de clubes, outros até tiveram seus momentos mas vinha muito mal atualmente, e os mais jovens nunca foram unanimidade nem em seus clubes.
Com tão pífio desempenho no segundo semestre, o placar das contratações mudou significativamente: mantiveram-se as quatro indiscutíveis e duas de risco relativo do primeiro semestre, mas as ruins acabaram totalizando quinze contratações. Também chama a atenção o total de vinte-e-um contratações no ano. Tirando os goleiros, isso dá mais que duas linhas completas.
Comissão Técnica (nota 2)
A mudança do engodo Caio Junior para Luxemburgo foi evidentemente positiva no aspecto técnico. O novo "professor" montou bem a equipe no primeiro semestre e deu-lhe padrão tático. Mais que isso, ele armou um esquema moderno com três zagueiros (sendo um deles Pierre), dois laterais fortes no apoio, três meias e dois atacantes. Mas depois do título paulista tudo mudou. Ele desmontou o time e o esquema de jogo. Mostrou-se distante e deu mais importância as suas rugas pessoais do que ao desempenho do time na reta final do campeonato. Sua atuação na armação do time nas duas partidas finais foi até suspeitas de tão ruim. Ele armou o time para não ganhar e de fato só fez um ponto e nenhum gol... sorte que o Goiás e Atlético-PR jogaram por nós.
O problema não é o quanto Luxemburgo conhece da profissão. O problema é o que ele quer fazer com esse conhecimento. E no segundo semestre este conhecimento não foi empregado em benefício do Palmeiras. Como se não bastasse um absurdo destes, Luxemburgo e sua comitiva são demasiadamente caros pelos resultados que apresentam. Outros fatos: o time sofreu com contusões como no passado e a preparação física deixou muito a desejar na reta final do campeonato. Cadê a propalada superioridade desta comissão técnica?
Marketing (nota 2)
Ao menos o básico começou a ser feito e houveram até algumas boas idéias – como a da ação com a Ferrari apesar de não ter ido adiante. Mas ainda está muito longe de gerar a receita que outros clubes como São Paulo e Cruzeiro conseguem com ações mercadológicas. Nem um DVD ou revista comemorativa do título paulista conseguiram colocar no mercado. Extremamente amador para quem arrota profissionalismo.
Venda de Jogadores (nota 2)
Vejo na questão de venda de jogadores três erros importantes:
O primeiro erro refere-se ao valor de venda dos atletas. Foram as seguintes ao longo deste ano: Caio, Diego Cavalieri, Henrique e Valdivia. Das quatro, considero a do Caio muito boa, pois ele não era um grande jogador e o valor pago por ele (R$10 milhões dos quais coube 50% ao Palmeiras) foi interessante. Já Diego Cavalieri foi desvalorizado com a reserva antes de ser negociado. Se era para vendê-lo, que o fizesse quando ele estava cotado para ir para a seleção e não depois de ficar três meses sentado no banco. Pior ainda o caso do Valdivia, cujo preço foi inferior a vários atletas com menor desempenho do que ele (e.g. Marcelo Moreno – Cruzeiro e Diogo – Portuguesa de Desportos). Muito barato para quem era considerado um dos melhores jogadores atuando no país. Finalmente no caso do Henrique chama atenção o baixíssimo número de partidas que ele realizou pelo clube, apenas 26 jogos. Entendo a necessidade de vender jogadores em função da penúria financeira, mas, até por essas mesmas dificuldades financeiras, os dirigentes deveriam extrair um maior valor com estes jogadores.
Outro ponto tão crucial quanto a venda é a não-venda. É espantoso como o Palmeiras não consegue desfazer-se de jogadores que não interessam mais. Fato é que o time segue acumulando um exército de "encostados e emprestáveis" que só faz sangrar o caixa do clube. O máximo que os dirigentes conseguiram foi emprestar vários deles com partes de seus vencimentos ainda pagos pelo Palmeiras. Ainda tiveram o requinte de crueldade para com a torcida e o caixa ao renovar contratos de verdadeiras nulidades como Osmar, Leonardo Silva, Luis e Max (apenas para ficar nestes exemplos). Quanta economia poderia ser gerada se eles conseguissem se desfazer deste "exército"?
Finalmente o terceiro erro foi a substituição de jogadores por outros de igual ou pior qualidade e em prejuízo do clube. Por que não usar a famosa capacidade de Luxemburgo em extrair o melhor dos atletas para valorizar jogadores que são ou eram do clube como Amaral, Wendel, Francis, Reinaldo, Willian, Makelele, Marquinhos e Nem para dar espaço para Capixaba, Jeci & Cia.? Parece que alguém gosta de "movimentar o mercado"... quem ganha com isso?
Divisões de Base (nota 1)
O horror continua nas divisões de base (vide http://quixoteverde.blogspot.com/2008/08/no-financeiramente-combalido-futebol.html) e sem perspectiva de melhora no curto prazo. Apenas o esforçado Maurício foi revelado este ano, e o desempenho do sub-20 deixa poucas esperanças de vermos novas caras no time de cima em 2009. Interesses conflitantes, pessoas incapazes e pouco caso são alguns dos problemas que continuam. O decantado projeto Green Talent só ficou no discurso. O projeto de olheiros espalhados pelo país apresentado pelo pateta Cecílio era na verdade uma iniciativa da Traffic e não do nosso time. Nos gramados o desempenho também foi pífio, com apenas os filhos dos associados fazendo a festa no amadorístico sub-11. Nos sete anos que Cipullo foi diretor de futebol do Mustafá ele não fez nada pelas divisões de base, e agora continua não fazendo nada direito.
Traffic (nota 1)
Outra iniciativa que começou de forma positiva mas que decaiu sobremaneira, e agora está se transformando em um grande perigo. No campeonato paulista a Traffic tinha quatro jogadores no elenco: Diego Souza, Henrique, Gustavo e Lenny. Os dois primeiros só chegaram ao clube em virtude do dinheiro da investidora, Gustavo até certo ponto também chegou desta forma, mas é um jogador apenas ligeiramente acima da média, ao passo que Lenny foi apenas um equívoco. Na média eu entendia que a investidora estava fazendo seu papel. Mas depois do título a Traffic mostrou outra cara. Venderam rapidinho o Henrique e não repuseram outro jogador a altura. Os seis jogadores trazidos no segundo semestre (Jefferson, Sandro Silva, Jumar, Maicosuel, Paulo Almeida e Moacir) são ruins e poderiam ser contratados diretamente pelo Palmeiras. É para isso que se quer uma investidora? Apenas para substituir jogadores com vinculo ao clube por outros que pertençam a ela? Usar o Palmeiras de vitrine para render aos investidores e deixar migalhas para o time? Como os dirigentes aceitam isso? O princípio da parceria com a Traffic tem lógica: ter um investidor que complementa o time com investimentos que o clube não pode realizar. Mas não é isso que estamos vendo. Keirrison se enquadraria na lógica, mas Marquinhos (o Palmeiras poderia ter adquirido os 20% que a Traffic comprou) e Cleiton Xavier (que assinou com a Traffic sem custo) são novamente casos de uso do clube como vitrine. Isso prejudica muito o Palmeiras, pois estes jogadores representam um potencial de lucro que o time desde já não pode realizar. E é bem conhecido o quanto venda de atletas é importante para as finanças dos clubes brasileiros.
Venho repetindo isso porque parcerias que não são bem administradas têm resultados desastrosos quando terminam. Não é por menos que Palmeiras, Grêmio e Corinthians caíram para a segundo divisão pouco depois que suas parcerias se encerraram: Palmeiras – Parmalat, Grêmio – ISL e Corinthians – MSI. Notem que mesmo Palmeiras e Parmalat, a melhor parceria que já houve no futebol brasileiro, levou o time a cair de divisão depois do seu encerramento. Tudo porque os dirigentes não souberam administrá-la. Durante a parceria nunca investiram nas bases e infra-estrutura, e depois torraram o dinheiro em reposições pífias dos jogadores que saíram. Na presente parceria o Palmeiras não vai coletar tanto dinheiro como naquela espetacular relação com a Parmalat. Temo que uma debandada da Traffic deixe o time sem jogadores e sem dinheiro em caixa. E este receio pode fazer com que a dependência da Traffic aumente ainda mais. É o risco de um perigoso circulo vicioso. Atualmente 12 dos 25 jogadores de linha do elenco principal já não têm vínculo com o Palmeiras. Os dirigentes precisam pensar seriamente nas divisões de base e só aceitar jogadores da Traffic que o time não possa contratar diretamente, e esta não é a situação de Gustavo, Jefferson, Sandro Silva, Jumar, Maicosuel, Lenny, Paulo Miranda e Moacir. Também não é o caso dos especulados reforços Cleiton Xavier e Xandão. É preciso administrar melhor esta pareceria. Os exemplos do passado estão aí para provar.
Cesta de Atletas (nota 1)
Esta iniciativa arrastou-se do ano passado, mas culminou seu absurdo este ano. A Traffic é o grande participante da Cesta de Atletas e fez um lucro fantástico com pouco esforço. Afinal Michael, Valdivia e Diego Cavalieri eram todos da infame Cesta. Ninguém consegue explicar por que entregaram parte importante do patrimônio do clube por tão pouco. Menos mal que não estão dando continuidade a esta atividade tão suspeita. Mas não deixa de ter lesado o clube naquele que é sem dúvida o maior caso de entreguismo do futebol nacional.
Planejamento (nota 1)
Outro tema muito decantado pelos dirigentes mas apenas da boca para fora. Como um time que fala em planejamento chega ao final do ano com a maioria das suas principais peças do elenco sem contrato? É gritante a diferença com, por exemplo, o São Paulo onde todos os jogadores estão com contrato até o final do torneio continental. Não planejaram a reposição de peças pós-janela de meio do ano, e estão fazendo ainda pior para o início do próximo ano. Agora já estão todos de férias e é bem provável que haverá muita indefinição no início da pré-temporada. E com eleições acontecendo em janeiro é possível que haja jogadores ainda por chegar quando o time estiver disputando os primeiros jogos da primeira fase da Libertadores.
Observem que até há uma diretoria de Planejamento Estratégico. Ela também é responsável pelas relações com a Traffic e a Cesta de Atletas. Para obter estes resultados antes não houvesse planejamento! O petista Belluzzo deveria se ocupar apenas de orientar seu partido a aumentar impostos, torrar o dinheiro do Erário, destruir a decência que nos resta e orquestrar mensalões, pois é só para isso que ele serve.
Transparência (nota 1)
No melhor estilo Mustafá a transparência na gestão do clube passa longe do Palestra Itália. Os escândalos continuam ocorrendo e sendo sumariamente varridos para baixo do tapete, vide os casos do DVD comemorativo do título e o dos ingressos com a BWA. Contratos são feitos ou renovados sem nenhuma lógica aparente. O melhor exemplo disso foi Jorge Preá que teve seu contrato renovado com bastante antecedência e por um período de três anos, para logo depois ficar fora até da Sul-americana, dando lugar a medonho Thiago Cunha. Porque fizeram isso? Porque Luxemburgo isolou David e Deyvid da disputa do campeonato quando ambos já vinham treinando há várias semanas? Porque Luxemburgo afirma que não pode atuar nas bases "porque há vários interesses" e ninguém faz nada?Mistério...
Comando (nota 1)
Finalmente, ao longo do campeonato brasileiro a Traffic e Luxemburgo fizeram o que queriam com o time, resguardando seus interesses até antagônicos com os do clube, na cara dos dirigentes que permaneceram inertes e apalermados. Então pagasse o salário que se paga ao técnico para ele mandar nos patrões? Como explicar isso? Ou será que os patrões estão mancomunados de alguma forma? Certo é que entre os três patetas, Cipullo, Belluzzo e Della Monica, não há nenhuma voz que transmita liderança no futebol, que assim fica a mercê dos oportunistas de plantão.
Com tudo isso o último jogo do ano foi o reflexo desta temporada: uma conquista sim, mas com gosto amargo com relação ao que poderia ser e incerteza quanto ao futuro.