26 de março de 2011

Enquanto a Arena não vem...

Com o Palestra Itália já em ruínas, as discussões sobre a Arena seguem violentamente. A facção criminosa ora no poder não se conforma que apenas a gangue anterior tenha enchido os bolsos com o projeto e tenta de todas as formas reverter a situação. Mas Belluzzóquio e seus comparsas foram não deixaram muito dinheiro sobre a mesa para os outros também se locupletarem. Nesta briga de hienas o único que pode perder são seus torcedores, obrigados a assistir aos jogos do time, ironia do destino, no estádio da gloriosa Portuguesa de Desportos até que o Palmeiras feche as portas.

Enquanto isso o dono da WTorres tenta acalmar os torcedores garantindo o término das obras e afirmando que o Palmeiras se beneficiará financeiramente. Quanto ao término das obras só podemos esperar e torcer, caso a Arena não se materialize será o fim precoce do Palmeiras. E até acredito no prometido benefício financeiro comparado com o que o clube antes realizava com o Palestra Itália. As razões são claras: (1) um estádio mais atraente e maior deve trazer uma maior audiência, (2) o clube não terá custo de manutenção do estádio, e (3) o Palmeiras receberá uma parcela das receitas outras além do futebol que a Arena gerar (por exemplo: direitos do nome, publicidade, restaurantes e lanchonetes).

Mas este ganho financeiro pode não ser significativo. É falsa a informação do dono da WTorres de que 100% da renda dos jogos de futebol será do Palmeiras. Ele mesmo já disse que a receita das cadeiras cativas e os camarotes (locais mais nobres e rentáveis) serão da WTorres. Também sabemos que o percentual sobre as receitas outras é pequeno. Pra dar uma idéia, a imprensa tem noticiado que os direitos do nome da Arena, a principal destas receitas, podem gerar R$70 milhões nos primeiros sete anos, mas apenas R$4.5 milhões cairiam nos cofres do clube. Isso é menos de R$54 mil por mês, ou seja, não paga nem a comissão técnica do time B...

Além do mais, receita extra no Palmeiras significa apenas dirigentes mais ricos e clube mais endividado. Isso Sacomandi, Mustafá e Belluzzóquio já demonstraram cabalmente.