22 de fevereiro de 2011

As bases vão seguir fedendo... e muito

A notícia de que Claudinei Muza será o novo coordenador remunerado de base do Palmeiras demonstra que nada mudara nas bases: seguira a rotina das negociatas e dos interesses escusos. O fato de ele já ter trabalhado nas bases do clube em 2001 é a prova cabal disto. Além disso, Muza não tem experiência no assunto. Diferentemente do que os bostinhas do RP anunciaram no site oficial, ele não coordenava "todo o projeto das categorias de base do Grêmio Barueri". Muza foi preparador físico e depois diretor de futebol e administrativo. E nos últimos anos era parte de uma nebulosa equipe locada na Secretária de Esportes de Barueri.

Mas como porcaria pouca é bobagem, há ainda a ameaça de que mais um meliante da horda de Mustafá possa infestar as bases. Tratar-se de Jair Jussion de longa folha corrida de crimes no Palestra.

Tudo isso indica que a produtividade das bases seguira o ridículo desempenho observado ao longo da sua história. Como amostra, vejamos o que as bases produziram nos últimos quatro anos:

Neste período 14 jogadores das bases chegaram a jogar pelo time principal. Caio Jr. promoveu três: David, Beto e Marquinhos. Os três saíram de graça do clube. David e Marquinhos são importantes nos elencos de Flamengo-RJ e Fluminense-RJ respectivamente. E Beto atua no Nanchang Bayi da China.
Luxemburgo promoveu outro três: Maurício, Daniel e Felipe. Nenhum deu em nada. Maurício disputa posição na zaga da Portuguesa de Desportos, Daniel luta por espaço no América-MG e o meia Felipe está encostado.
Com Muricy outros três estrearam no time principal: Gabriel Silva, Gualberto e Anselmo. O primeiro tem sido bastante útil e pode subir ainda mais de produção. Já Gualberto e Anselmo mofam no time B.
O técnico Zago inventou em subir o atacante Vinícius. Sem nunca tê-lo visto jogar, promoveu o jogador para o time principal apesar da própria comissão técnica das bases não achá-lo já preparado para disputar a Copinha que aconteceu dois meses antes da sua promoção. Um absurdo. Vinícius já participou de mais de duas dezenas de jogos sem encantar e nem marcar nenhum gol. E para sua posição, segundo atacante, o time acabou de trazer Adriano e Pardalzinho.
Finalmente Felipão já utilizou outros quatro jogadores das bases: Luis Felipe, Bruno Turco, Jean e Fernando. Mas nenhum ainda demonstrou já estar preparado para o desafio.

A produtividade do time B é ainda mais ridícula. Apenas três jogadores contratados para ali atuar chegaram a vestir o uniforme pelo time principal: Bruno Farias e Ricky com Caio Jr., e Patrik Camilo com Felipão. Destes apenas o (no máximo) esforçado Patrik Camilo apresentou algo.

Ou seja, em quatro anos apenas uma revelação com comprovado potencial (Gabriel Silva) e nenhum jogador formado nas bases vendido, gerando receita. Não é por menos que o Palmeiras é conhecido como o time de pior trabalho nas bases entre os clubes das séries A e B do futebol brasileiro. E pelo jeito vai seguir assim por um bom tempo.