A liderança do Fluminense no campeonato brasileiro demonstra a que ponto nosso futebol decaiu. Que time limitado: péssimo goleiro, uma defesa de jogadores apenas esforçados, volantes idem e qualidade apenas nas meias e ataque. E mesmo assim com jogadores em final de carreira, outro que vive contundido e um argentino desconhecido no seu país. Muricy, tira água de pedra? Certo, ele é um excelente técnico, como Felipão, e faz o seu trabalho. Mas isso não explica a liderança do seu time. A única razão é que as demais equipes são tão ruins quanto ou piores. Basta assistir um jogo das principais ligas européias para notar a diferença na qualidade do espetáculo.
E esta diferença não se restringe aos jogadores e seus times. O que dizer dos estádios? Os daqui estão caindo aos pedaços. E os gramados são péssimos. Um martírio para os torcedores e um empecilho, quando não um risco, aos protagonistas do evento.
A arbitragem é aquela porcaria de sempre. E piorada com a péssima atitude dos jogadores. É incrível como protestam contra a marcação de faltas evidentes ou pedindo sua marcação em jogadas absolutamente normais. E basta uma bola sair de campo para todos a pedirem para si. Um capítulo a parte é a violência, provocações e xingamentos que os jogadores trocam mutuamente: não há nada semelhante nas ligas acima. Não existe fair play no Brasil, limitado ao tocar a bola para fora e devolvê-la quando um jogador se machuca. Mas apenas quando o jogo está morno, caso contrário que se dane também.
Ainda somos obrigados a escutar o hino nacional sem nenhuma razão antes de qualquer partida. Decisão politiqueira que tem o efeito contrário: não é por menos que vemos torcedores cada vez mais alienados ao hino. E ainda tem os minutos de silêncio para honrar desconhecidos da torcida, jogadores, imprensa e quem quer que seja. Minuto de silêncio é para você orar pelo homenageado, mas como elevar seu pensamento para alguém desconhecido? Coisa dos dirigentes e suas trocas de favores internas no clube e com as federações.
Até a qualidade das transmissões dos jogos são ridículas por aqui. Ênfase desproporcional nas questões da arbitragem, comentaristas que não sabem falar (que dizer raciocinar), locutores estridentes e irracionais, má seleção de imagens, geração HD de baixa qualidade, provocações, polêmicas infundadas e futilidade são as marcas das transmissões de futebol no Brasil.
A cada ano que passa o nível está mais baixo. Faltam bons jogadores e a anual, quando não semestral, troca de elencos pelos times não ajuda em nada. O futebol é péssimo e todos os seus componentes (estádio, gramado, arbitragem e outros) seguem ralo abaixo.
Ainda bem que temos a possibilidade de ver o bom futebol nos torneios da UEFA e algumas de suas ligas nacionais.