Há um ano os dirigentes começaram a enganosa campanha "temos uma base forte". Para substanciar a nova ladainha, promoveram três jogadores: Gabriel Silva, Anselmo e Felipe. O mais "famoso" era o habilidoso meia-atacante destro Felipe que se destacara tanto do sub-20 quanto no time B (tinha feito 14 gols na A3 do ano passado). Passado o efeito propagandístico, todos voltaram para o sub-20.
No começo deste ano requentaram as promoções do Gabriel Silva e Anselmo e emprestaram Felipe para o Rio Branco de Americana onde atuou apenas algumas partidas como titular no Paulistão. De volta do período de empréstimo, Felipe está esperando possível aproveitamento no time B. O volante Anselmo, várias vezes convocado para as seleções de base, é a última opção no exército de volantes do elenco e entrou em apenas uma partida que nada valia pelo último Paulistão. E Gabriel Silva, o maior destaque do atual grupo do sub-20, está na reserva do limitadíssimo Eduardo.
Que dizer de Joãozinho? Nunca jogou pelo sub-20 mas era apresentado pelos dirigentes como a grande relação das bases (afinal seu empresário era o mesmo do Edmílson). Entrou em algumas partidas no estadual, foi sempre mal e desde o final do Paulistão nem no banco mais senta.
Depois Zago promoveu Vinícius a quem nunca tinha visto jogar e fora preterido por outros atletas para jogar a Copa São Paulo. Em dez participações, começando como titular ou entrando nos jogos, Vinícius apenas mostrou que ainda tem muito que aprender nas bases. E no último jogo Parraga lançou Patrick do time B (este nunca jogou nas bases) que curiosamente foi reserva na fase final do Palmeiras B na A3, comandado pelo próprio Parraga. Os critérios de Zago e Parraga parecem estar mais relacionados aos empresários do que aos atletas.
Estes poucos exemplos são o suficiente para recomendar cautela quanto aos jogadores das bases que poderiam ser aproveitados no elenco principal. Afinal, bravatas e esquemas corruptos não formam jogadores.