
Mas voltando ao Palmeiras, Belluzzóquio demonstrou ser um cirurgião bem mequetrefe. Todos sabem que os maiores problemas do elenco estavam, e ainda estão, no ataque e criação, principalmente com jogadores canhotos. Não que os outros setores estejam muito bem, mas aquelas eram as prioridades. Mas os quatro jogadores contratados até agora foram para a defesa e cabeça-de-área. É fato que dois destes, Léo e Márcio Araújo, enriqueceram o elenco. Mas foi como operar o pé de um paciente com tumor no cérebro. Para piorar a situação, Vagner Love, único atacante qualificado do time, pediu as contas. Certamente novas contratações serão feitas, mas já passada a pré-temporada e com o campeonato em andamento.
Assim, mais uma vez, Belluzzóquio comprovou desconhecer os conceitos mais básicos de planejamento. O que não é de se estranhar vindo de alguém incapaz de administrar um carrinho de pipoca. Nem choramingo sobre a desclassificação para a Libertadores justifica este amadorístico improviso com o qual as coisas do futebol no Palmeiras são tocadas, visto que plano de contingência existe para isso mesmo. Mas no carrinho de pipoca de Belluzzóquio falta milho.