A saída de Luxemburgo fez muito bem ao Palmeiras. O time ficou mais equilibrado com o fim do esquema com três zagueiros. A defesa fica mais bem postada com Pierre à sua frente, a entrada de Wendel permite que Armero avance mais, aproveitando o único canhoto do time, e o ataque é mais bem municiado com Cleiton Xavier e Diego Souza atuando como meias. Era tudo muito óbvio, mas o técnico anterior tinha outra agenda que não necessariamente incluía o sucesso do time. Não creio que o reposicionamento tático tenha vindo de Jorginho mais sim dos próprios jogadores. Afinal, Jorginho era adepto do 3-6-1 em sua fracassada campanha com o time B na terceira divisão do Paulista disputada no primeiro semestre deste ano. Aliás, quem viu os jogos do time B se desesperava com a inércia de Jorginho diante dos crassos erros táticos e individuais da equipe. E, portanto, é de assustar a perspectiva de manutenção dele no comando do time. Mas voltando ao jogo, destaco o volume de ataque apresentado. Acredito que um segundo atacante (Marquinhos ou Ortigoza) e o recuo de Willians como segundo volante, no lugar de Souza, trará ainda mais força ofensiva ao time. Por outro lado surpreendeu a não entrada de Edmilson ao longo da partida. O técnico preferiu Jumar e Marcão ao invés do veterano jogador. Será que ele está tão mal assim? Ele não queria a reserva no Villareal para sentar no banco mais perto da sua casa? Nada disso seria problema se ele não custasse, só de salários, R$240 mil/mês ao clube.
Marcos: Sem trabalho.
Wendel: Fez o básico atrás para fechar o seu setor.
Mauricio Ramos: Sem erros atrás e bonito gol de cabeça. Marcão: Pouco tempo para mostrar algo.
Danilo: Melhorou no segundo tempo.
Pablo Armero: Desdobrou-se para ocupar o lado esquerdo do ataque e foi premiado com um lindo gol.
Pierre: A regularidade de sempre e um gol na raça.
Souza: Vinha cumprindo boa partida até contundir-se. Jumar: O desempenho do time caiu com a sua entrada.
Cleiton Xavier: Compôs o meio de campo sem brilho.
Diego Souza: Foi excelente quando jogou simples, participando de três dos quatro gols. Mas muitas vezes ainda insiste em prender a bola e querer enfeitar demais a jogada.
Willians: Movimentou-se bastante, dando opção para conectar as jogadas de ataque. Deyvid: Vem adquirindo ritmo de jogo e pode ser útil ao time.
Obina: Mesmo sem a estrela das outras vezes fez uma boa partida.
O time terá pela frente uma boa seqüência de adversários para demonstrar seu potencial na competição: Flamengo (fora), Santo André (casa), Goiás (fora) e o clássico contra o Corinthians.
