O resultado foi péssimo. Pior ainda foi ver o time novamente jogar mal, muito mal. Mas nem tudo está perdido, pois o Nacional demonstrou a já esperada falta de qualidade e uma vitória em Montevidéu é possível. Difícil, mas possível. O fracasso de ontem tem nome e sobrenome: Vanderlei Luxemburgo Sem esquecer, é claro, dos coniventes dirigentes que deixam ele fazer o que quer no clube. O técnico propiciou um festival de erros do início ao fim do jogo: Primeiro erro: Contra todas as evidência voltou a escalar o time no estéril 3-6-1. Todo mundo já sabe que este esquema não funciona com o elenco disponível (e que ele mesmo montou). Os zagueiros e volantes não sabem sair jogando, e o time fica sem criatividade. Além disso, a equipe é mal treinada e mesmo congestionando a defesa fica mal postada e vulnerável. Era patético vê-lo irritado com os zagueiros que davam chutões para frente por falta de opção de jogada. Ou seja, ele faz o erro e critica os jogadores pelas conseqüências. É o conhecido caráter deste técnico. Pelo menos desta vez ele não esperou o intervalo para tentar corrigir seu erro.
Segundo erro: Reinventou Fabinho Capixaba. É incrível o que Luxemburgo faz com seus laterais direitos. Judia de Wendel de todas as formas. Dispensa Capixaba para depois ressuscitá-lo por "gloriosos" 25 minutos. Aprova a contratação de um tal de Henrique e nem o inscreve no torneio.
Terceiro erro: Entra com Obina que nunca treinou com os companheiros em campo ao invés do mais entrosado, e em melhor forma, Ortigoza. Qual será o poder de Obina? Qual será o esquema que Belluzzóquio e Luxemburgo armaram com a máfia rubro-negra?
Quarto erro: E quando o time achou um golzinho ele logo retoma o esquema 3-6-1. O resultado da alteração não demorou: gol do adversário.
Quinto erro: E porque tirar Keirrison que mesmo sem brilho tinha dado o chute mais perigoso do primeiro tempo e serviu a bola para Diogo marcar o gol? Ele estava muito melhor do que o folclórico Obina. Repito a pergunta: Qual será o esquema que Belluzzóquio e Luxemburgo armaram com a máfia rubro-negra?
Se o técnico foi medíocre, os jogadores não ficaram muito atrás:
Marcos: Pouco exigido. Pegou bem uma perigosa cabeçada e rebateu perigosamente para o meio da área um chute de longa distância.
Maurício Ramos: O adversário praticamente não atacou. Mas falhou coletivamente com seus companheiros no gol do Nacional. Eram três para marcar um, só que ninguém o fez.
Danilo: No mesmo (baixo) nível do colega acima.
Marcão: Inventou de tentar apoiar, alias coisa demandada e treinada pelo técnico, e se complicou todo. Problema dele ou do técnico?
Fabinho Capixaba: Até quando ele fica no Palestra? Marquinhos: Foi melhor que Capixaba, mas não precisou (nem mostrou) muito para isso.
Pierre: Fez o seu atrás, mas quando precisou ir a frente não sabia o que fazer. Mas esse é o seu futebol.
Souza: Fraquinho, fraquinho... Obina: Esforçado e inútil.
Cleiton Xavier: Pouco produziu. Deu uma boa amostra do porquê do desinteresse do Internacional-RS pelo seu futebol.
Pablo Armero: Novamente foi mal tecnicamente. Melhorou no segundo tempo, mas muito abaixo do seu potencial.
Diego Souza: O gol salvou sua apagada atuação. Vaidoso, tentou fazer tudo sozinho após o gol.
Keirrison: Apagado, mas não devia ter saído já que vinha muito melhor que Obina. Jumar: Ah, esse contrato que não termina logo!
No jogo de volta o time precisa marcar pelo menos um gol. Qual será o esquema que o técnico vai mandar a campo? Em 2007, quando foi eliminado pelo Grêmio na semifinal da Libertadores, Luxemburgo saiu-se com essa frase que é até colocada no Wikipedia: "As pessoas me criticam por eu nunca ter conquistado uma Libertadores. Mas isso não me machuca. Dizem que para se vencer Libertadores tem de dar pontapé, praticar anti-jogo. Eu prefiro buscar esse título jogando futebol envolvente e bonito, como todas as minhas equipes têm demonstrado." Será que ele vai armar o time para jogar um "futebol envolvente e bonito" pela primeira vez nesta Libertadores? Ou será que a frase dita em 2007 foi só mais uma das infindáveis bobagens proferidas por uma pessoa que coloca seus interesses e vaidade acima daquele que lhe paga um salário exorbitante?
