Com uma gritante diferença qualitativa entre as duas equipes o Palmeiras ganhou fácil do Real Potosí e abriu uma vantagem interessante para o jogo na altitude. Aliás, é incrível como os times da Bolívia e o próprio selecionado local só conseguem ser competitivos quando o adversário é prejudicado com a altitude. A Fifa estava corretíssima em proibir jogos acima de determinada altitude, mas a estupidez do politicamente correto (um dos cânceres do mundo dito moderno) impediu a implementação daquela regra. Mas voltemos ao jogo de ontem. Com muita velocidade o Palmeiras poderia ter feito ainda mais gols no primeiro tempo. Na segunda etapa o time cansou e diminuiu o ritmo. E as substituições fizeram o time decair ainda mais de produção. Não dá para entender porque o técnico não entrou com um atacante no lugar de Pierre (avançando Edmílson como volante) ou mesmo no lugar de uma dos zagueiros, visto que o Potosí abdicou totalmente do ataque no segundo tempo. Mesmo assim o time ampliou a vantagem e agora pode perder de três gols de diferença para seguir na Libertadores.O mais positivo do jogo foi a atuação de Cleiton Xavier. Muita movimentação, qualidade na bola parada e estrela para marcar gols tem sido sua tônica nestes quatro jogos pelo Palmeiras. Para mim é uma boa surpresa visto que seu passado de altos e baixos não me inspira muita confiança. A defesa ainda não se mostra confiável com sucessíveis falhas no gol dos bolivianos. Seguem as atuações individuais:
Marcos: Falhou na saída de bola no lance que originou o gol.
Maurício Ramos: Pouco exigido e atrapalhado nas avançadas ao ataque.
Edmílson: Muito bem. Também vai assumindo uma liderança natural e positiva dentro de campo.
Danilo: No mesmo nível de Maurício Ramos.
Fabinho Capixaba: Pouco efetivo no apoio e errando muitos passes.
Pierre: Bem na destruição. Jumar: Perdeu-se taticamente, o que é normal para ele.
Diego Souza: O gol e alguns bons lances, poderia ter participado mais do jogo. Evandro: Pouco apareceu.
Cleiton Xavier: O melhor do jogo.
Pablo Armero: Também não foi muito efetivo no apoio, mas ao menos não erra tanto quanto o ala direito.
Willians: Excelente nos deslocamentos e penetrações, mas fraco na conclusão. Lenny: Algumas firulas e mais nada.
Keirrison: Muito bom no início e um pouco apagando no segundo tempo.
Agora vêm os três compromissos mais difíceis da série de sete desafios deste início de ano: enfrentar a Ponte Preta em Campinas com um time reserva, jogar na altitude da Bolívia e o clássico contra o Santos.
