Então vejamos. O atual time titular do São Paulo é o seguinte: Ceni; Rodrigo, Miranda e André Dias; Zé Luis, Hernandes, Hugo, Jean, Jorge Wagner; Dagoberto e Borges. Destes apenas Jorge Wagner se enquadra nas condições descritas por Luxemburgo. Zé Luis e Borges vieram do Japão e Miranda é bem abaixo da idade referida por ele. Dos reservas apenas Anderson e Júnior apresentam as características mencionadas. Podemos ainda lembrar vários jogadores que fizeram sucesso recentemente no São Paulo e que também não apresentavam estas características: Souza, Leandro, Mineiro, Josué, Alex Silva, Breno, Ilsinho, e paremos por aqui.
O Palmeiras tem situação muito similar. Entre os titulares apenas Leandro se enquadra, já que Diego Souza e Kleber são mais jovens. E entre os reservas há Roque Junior e Denílson, enquanto Lenny e Glastone, ambos regressos da Europa, também ainda são jovens.
Então qual é a diferença? Essa é a pesquisa do melhor técnico do Brasil? Ridículo ele e os vulgos jornalistas que repetem o que ouvem sem a mínina capacidade de análise.
A diferença é que o adversário tem um índice de acerto em contratações muito superior ao do Palmeiras, que o elenco base é mantido e as peças cuidadosamente repostas. Todo o contrário do que foi feito neste segundo semestre alviverde. Em outras palavras, eles fazem o planejamento que Luxemburgo e os dirigentes tanto falam mas não fizeram. Basta ver quantos jogadores importantes do São Paulo estão com contrato vencendo antes da Libertadores do próximo ano: nenhum! No Palmeiras: sete dos importantes ficam sem contrato agora!
É bem possível que detrás das asneiras proferidas por Luxemburgo esteja apenas uma armação para desviar o foco de sua pífia atuação no segundo semestre, ou até algum esquema para justificar um ou outro bonde que ele quer enfiar no Palmeiras.
Fiquemos atentos.