15 de outubro de 2008

Histórias que ninguém explica: Palmeiras B

O Palmeiras B foi criado na época do nefasto Mustafá. A idéia era ter uma equipe para absorver jogadores acima de 20 anos advindos das bases mas ainda sem chances no time de cima e colocar em atividade jogadores do elenco principal que estavam em recuperação ou não que vinham atuando. O conceito poderia ter mérito se as bases tivessem uma alta produtividade de jogadores com bom potencial. Porém esse não é o caso do Palmeiras que sempre trabalhou mediocremente suas bases. Então para que serviria o Palmeiras B?

Logo se viu que o time B seria um grande abrigo para jogadores de empresários com relacionamento duvidoso com os dirigentes. Nomes desconhecidos, que não poderiam ser trazidos para o time principal, acabavam encaixados no Palmeiras B sem que a mídia noticiasse e a torcida cobrasse. Era muito comum ouvir dirigentes enaltecendo esse ou aquele jogador do time B como futura grande promessa. Um destes foi inesquecível, chamava-se Thon e os dirigentes diziam tratar-se de um craque. Thon jogou apenas uma vez no time de cima. Entrou no decorrer do segundo tempo em partida contra o Grêmio no Olímpico. Tocou apenas uma vez na bola quando essa foi passada para ele, bateu em sua canela e saiu pela linha lateral. Pois é, parece que dirigente também ganha jabá!

O Palmeiras B nasceu em 2001 e em cinco temporadas subiu da B2 para a A2 (segunda divisão do futebol paulista). Porém revelações que é bom mesmo foram poucas. Nomes como Vagner Love, Edmilson e outros não contam pois passaram pelo Palmeiras B quando ainda tinha idade para jogar no juniores. Das centenas de jogadores efetivamente contratados para jogar no Palmeiras B apenas os seguintes chegaram a jogar no time de cima:

Barão (lateral direito)
Maicon (zagueiro)
Douglas (zagueiro)
Valmir (lateral esquerdo)
Wendel (volante)
Célio (volante)
Corrêa (volante)
Reinaldo (volante)
Rick (meia)
Bruno Farias (meia)
Ricardinho (atacante)
Thon (atacante)
Anselmo (atacante)
Luis (atacante)

Destes podemos dizer que apenas Wendel e Corrêa trouxeram algum retorno para o Palmeiras. E mesmo assim pode-se questionar porque Corrêa não foi direto para testes no elenco principal visto que já tinha se destacado no São Bento.

Mas o fato é que em sete anos (2001 à 2007) o Palmeiras B apenas gerou muitas despesas e fez a felicidade de empresários e até dirigentes que descolaram, no mínimo, um turismo grátis para acompanhar amistosos inúteis em terras ultramar.

O ápice do absurdo foi no ano de 2007. Aproveitando a estupidez crônica dos três patetas (Marino, Orlandi e Cecílio) Caio Jr. colocou no time B seu comparsa Cruz e contratou mais de duas dezenas de inúteis. Os mais atentos devem se lembrar de Caio Jr. dizendo-se despreocupado com as convocações de Valdivia para a seleção chilena pois já estava preparando seu substituto: Bruno Farias. O que aconteceu com Bruno Farias? E Valmir que Caio Jr, não cansava de enaltecer? Pois é. Sob a barba dos três patetas Caio e Cruz agradaram vários empresários e levaram o time B a cair para a A3.

Eu esperava que depois de tamanho fiasco o time B simplesmente deixasse de existir. Porém os patetas decidiram manter o time para disputar a A3 mas jogando com a equipe e comissão técnica do sub-20. Isso ao menos evitaria os gastos em manter todo um time inútil. Mas ao longo da competição os patetas não resistiram e fizeram algumas negociatas, trazendo jogadores acima de 20 anos: Wellington (lateral esquerdo do Iraty), Martin Carvalho (filho do ex-presidente do Inter-RS), Claudio Valdivia (irmão inútil do Mago), Thiago Mendes e outros.

Mas o pior é ver o time sub-20 sem ter o necessário tempo para treinar. Os ingleses já identificaram seu principal problema em revelar mais jogadores: muito jogo e pouco treino. De fato na Inglaterra treinasse a metade das horas que se treina na França, Espanha, Holanda e Portugal. Mas os patetas preferem colocar os garotos para jogar ao invés de treinar. É burrice demais, ou tem algum interesse nesta história de manter o time B e jogar a A3? Vai saber...

Palmeiras B, mais uma história que ninguém explica!