8 de setembro de 2008

Oito anos de pouca qualidade no ataque

Thiago Cunha, o falsário, foi o 41º atacante que o Palmeiras contratou desde de que Parmalat deixou o clube há oito anos atrás. Isto dá uma média de mais de 5 atacantes contratados por ano. Isto sem contar os 6 jogadores das bases que foram lançados no time principal neste período e outros 4 que vieram para o Palmeiras B e chegaram a jogar no time principal. Somando estes, seriam 51 novos atacantes vestindo a camisa verde em oito anos, ou seja, mais de 6 atletas por ano. É indiscutivelmente muita incompetência (ou seria demasiada “esperteza”?) na hora de contratar. Abaixo segue esta surpreendente e triste lista de jogadores:

Contratados
Adriano
Adriano Chuva
Alemão (falecido)
Alex Afonso
Alex Mineiro
André (o bêbado)
Basílio (recontratado depois da saída da Parmalat)
Carlos Castro (nem chegou a jogar)
Christian
Cristiano (presente do Caio Jr.)
Denílson
Dodô
Donizete (Pantera)
Edmilson (príncipe valente)
Edmundo (já em fim de carreira)
Enílton
Fábio Júnior
Florestin (o do DVD)
Gioino
Itamar
Jorge Preá
Juninho
Kahê
Kléber
Leandro Amaral
Lenny
Luiz Henrique
Max
Muñoz
Nenê
Neto Baiano
Osmar
Rafael Marques
Renaldo
Ricardo Boiadeiro
Rodrigão
Roger
Thiago Cunha
Tuta
Warley
Washington

Pratas-da-Casa
Beto
Cláudio (falsário)
Edmílson
Júlio César
Vágner Love
Zé Eduardo

Palmeiras B
Anselmo
Luis
Ricardinho
Thon

Entre os contratados encontram-se poucos bons jogadores, alguns sem sorte no Palmeiras: Alex Mineiro, Christian, Dodô, Kleber, Leandro Amaral e Nenê. E das bases ou Palmeiras B deixaram saudades apenas Edmilson e Vagner Love. O resto, grade maioria, foi ou será simplesmente descartável.

Nestes quase oito anos pós-Parmalat, seis foram destruídos pelo nefasto Mustafá e os outros quase dois anos vem sendo desperdiçados pelo, não menos nefasto, Della Monica (o vice do anterior em um bizarro continuísmo). Das 41 contratações acima, 29 foram feitas com Mustafá (4,8 por ano) e 12 com Della Monica (6,0 por ano).

Além da quantidade de más contratações, também chama a atenção o baixo número de revelações em oito anos e a velocidade com a qual as poucas efetivas (Edmilson e Vagner Love) foram vendidas.

Estes dirigentes precisam entender o óbvio: que quantidade não é sinônimo de qualidade. E que jogador barato acaba saindo caro quando fica dependurado no clube anos a fio como é o atual caso de Enílton, Washington e Osmar e, tudo indica, será o de Max e Luis (estes atletas tem parte de seus vencimentos pagos pelo Palmeiras mesmo quando emprestados a outras equipes).

Este cenário desolador não é restrito ao ataque mas afeta todas as posições de linha nestes últimos anos.

No início deste ano parecia que o nível das contratações estava melhorando, porém no segundo semestre a coisa já desandou (ver
http://quixoteverde.blogspot.com/2008/07/avaliao-das-17-contrataes-do-palmeiras.html e http://quixoteverde.blogspot.com/2008/07/avaliao-das-10-primeiras-contrataes-da.html). É preciso invetir já e honestamente nas bases e não fazer mais contratações de alto risco.