Logo após o jogo contra o Vasco pela Sul-Americana Luxemburgo afirmou o seguinte para o globo.com falando sobre Thiago Cunha: “Trata-se de um jogador muito rápido, que dribla fácil e tem ótima habilidade. Venho observando esse atleta há algum tempo e trata-se de uma aposta.”
Dois dias depois, em matéria no jornal Estado de São Paulo, o técnico continuou: “Vou trazer quantos jogadores do Iraty achar necessário.” E mais, disse achar “canalha” quem vê falta de ética na sua ligação com Sérgio Malucelli e Juan Figer, donos do Iraty. E arremata: “A relação com empresário é normal, realidade do futebol.”
É uma realidade muito triste essa do nosso futebol (e do país) onde a falta de ética impera e os marginais sentem-se no direito de ditar regras e falar grosso!
Prestem atenção nas declarações e nos fatos:
Luxemburgo afirmou estar observando Thiago Cunha “há tempos”. Com certeza esse tempo só pode referir-se a suas passagens pelo Queimadense e Santa Cruz. Depois destes times Thiago não jogou mais e foi contratado pelo Iraty em 25/05/2008. Ato contínuo foi fazer testes no Palmeiras até assinar contrato em 08/08/2008.
Se Luxemburgo observou e gostou do jogador por que não o indicou ao Palmeiras que paga seus altíssimos salários? Por que primeiro acerta o jogador com seus amigos do Iraty para depois pedi-lo ao Palmeiras?
A resposta e o esquema parecem óbvios. Luxemburgo usa o Palmeiras para “esquentar” o jogador que lhe interessam. Coloca claramente seus interesses acima dos do clube que o emprega. E ainda tem a desfaçatez de dizer que isso é normal e “canalha” é quem vê falta de ética nos seus atos.
Pior que Luxemburgo foi a declaração do pateta Toninho classificando como “exemplar” a transparência do técnico! Ninguém pode ser tão estúpido. Aqui fica bem clara a conivência dos patetas com Luxemburgo. Afinal os próprios patetas têm suas negociatas em paralelo (Claudio Valdivia, Martin Carvalho, Max, Luis, Osmar, Leonardo Silva, Preá e outros).