27 de agosto de 2008

Uma estranha relação

Ontem o técnico Vanderlei Luxemburgo, em entrevista coletiva, fez a seguinte colocação:

- O Leandro é um grande jogador, mas o Jefferson vai entrar em seu lugar e fazer uma grande partida. Ele gosta de atuar como ala e talvez eu escale três zagueiros para lhe dar mais tranqüilidade no setor - explica Luxemburgo.

Assim ele repetiu a mesma explicação do porquê considerar jogar com três zagueiros quando foi a vez de Fabinho Capixaba entrar no time.

Estas colocações são no mínimo estranhas. Em primeiro lugar é notório que Luxemburgo prefere atuar com uma linha de quatro na defesa. Também é lugar comum que um esquema com três zagueiros demanda muito treinamento para ser eficaz. Apesar disso Luxemburgo aparenta não se preocupar em alterar o esquema tático do time para se adaptar a entrada de um reserva.

Pelo que vimos até agora tanto Fabinho como Jefferson (este com menos oportunidades) são bastante fracos defensivamente, explicação plausível para a preocupação do técnico. Porém, também já deu para notar que ambos atacam com muito menor eficiência que os titulares. Sendo assim, porque não jogar com três zagueiros quando atua com os laterais titulares que apóiam melhor?

É realmente muito estranho e somente denota o tratamento especial que o técnico reserva para estes dois recém chegados no elenco. Armar esquema para que eles não tenham responsabilidade defensiva e apenas oportunidades de brilhar no ataque parece não ser o melhor para o time. Com efeito, o Palmeiras não ganhou nenhum jogo com Capixaba em campo, ele precisou sair de campo contra Coritiba e Portuguesa para o Palmeiras abrir o placar. E o time também fracassou nas duas vezes que Jefferson começou jogando (Atlético-MG e Vasco da Gama).

Fabinho Capixaba definitivamente não tem condições de jogar no Palmeiras. Já Jefferson teve menos oportunidades, mas ainda não deixou uma boa impressão. Vou torce para que ele arrebente no próximo domingo e, assim, afugentar a ameaça de mais um candidato para encher a caçamba.

Quanto as estranhas preferências do técnico cabe aos dirigentes enquadrá-lo. Isso caso eles não sejam cúmplices do técnico nesta esquisitice.