Lembram da matéria abaixo sobre a renúncio de Carlos Mira, então Diretor de Marketing do Palmeiras, publicada no Estado de São Paulo de 20 de junho passado? Será que o tema vai ficar apenas entre as famiglie como o desfalque de Saccomani nos anos 70s?
“Mira não deixou claro os motivos pelos quais tomou tal decisão, mas deixou nas entrelinhas que existem diretores mais interessados em negócios próprios que o desenvolvimento do Palmeiras. "Acabou o encanto com a diretoria e com a cartolagem do futebol", disse o ex-diretor, em entrevista à Rádio Jovem Pan. "Fui ao Palmeiras para contribuir com o clube. Inclusive o Affonso Della Monica (presidente do clube) é o único que tenho lealdade. Eu disse a ele que não me sentia competente para implementar as ações necessárias, pois me sentia persona non grata em reuniões", completou.
Sócio do clube por 32 anos e membro mais votado para assumir a cadeira no Conselho Deliberativo, Mira demonstrou muita inquietude quando o assunto foi o acerto do Palmeiras com a Fiat. "Eu não concordo quando você faz uma coisa por um valor e registra outro." "Inclusive, tenho um e-mail de um colega do clube dizendo que eu fui considerado uma persona non grata porque fiz perguntas sobre como o dinheiro era investido."
Ao saber da decisão e acusações de Mira, o presidente do Conselho Deliberativo do clube, Serafim Del Grande, disse que não aceita a renúncia de Mira do Conselho. "Ele, pelo que me parece, coloca em dúvida participações de diretores no Palmeiras. Tomei conhecimento que foram denúncias muito graves. A carta (de renúncia) foi protocolada e não aceitarei a renúncia dele como sócio e como conselheiro. Pelo código civil, o conselheiro também responde pelas coisas erradas e ele precisa ser ouvido, pois vou abrir uma sindicância", comentou Serafim, que completou: "No fim de tal apuração, aí sim o Palmeiras tomará uma decisão a respeito do que aconteceu. Não podemos desconhecer o que foi colocado por ele."
Com a palavra os dirigentes.