22 de julho de 2008

Caio Junior? Sai de retro Satanás!

Neste momento de dificuldades da equipe tenho lido e ouvido palmeirenses questionando se a volta de Caio Jr. não seria melhor que a permanência de Luxemburgo. Não gosto de Luxemburgo no Palmeiras, acho que ele trabalha apenas para si e não para o clube. Mas Caio Jr. é muito pior! Apenas para recordar vejamos o que fez Caio Jr. no Palmeiras ao longo de 2007:

Campeonato Paulista: Fora das finais, ficando atrás de equipes montadas encima da hora, como o caso do São Caetano e Bragantino. Demonstrando que a desculpa, muito usada pelo Caio Jr., de “time em formação” não explica desempenho tão medíocre. Isto ficou evidente na derrotas para Ituano (o empresário que bancava o time saiu e levou todos os atletas a duas semanas do início do campeonato), Ponte Preta (rebaixada da Séria A, com time totalmente novo e em crise, ainda trocou de técnico já nas primeiras rodadas), ou ainda para time reserva do São Paulo. E nos empates em casa com Bragantino, Barueri, Rio Claro e, principalmente, Guaratinguetá, quando a vitória, que asseguraria a disputa das semifinais, não veio mesmo com um jogador a mais em campo.

Copa do Brasil: A queda logo na segunda rodada para o 8º classificado do Campeonato Mineiro não demanda explicações adicionais.

Campeonato Brasileiro: Apenas a 7ª colocação mesmo com a manutenção do time, algo raro nas demais equipes, e de ter feito uma inter-temporada 30 dias após a precoce queda no Paulistão e Copa do Brasil. Um time que em nenhum momento apresentou um bom futebol e terminou o ano sem mostrar evolução. Foi isso que demonstraram as fatídicas derrotas para Juventude, Sport e Atlético-MG nas últimas rodadas, com uma equipe sem nenhum sistema de jogo, nervos a flor da pele e totalmente perdida em campo. Muito similar ao empate com o Guaratinguetá supracitado. Ou seja, o time terminou o ano na mesma má condição na qual começou.

A aposta no início do ano de 2007 em Caio Jr., dispensando Jair Picerne, foi acertada em seu momento. Jair não era técnico para o Palmeiras e Caio Jr, estava em evidência. Porém a realidade demonstrou que Caio Jr. só é competente mesmo em marketing pessoal. Como técnico de futebol demonstrou não passar de um mau comentarista esportivo.
Para começar Caio Jr. nunca deu padrão de jogo ao time. Qual era o esquema de jogo? 4-4-2? 3-5-2? 3-6-1? A verdade é que ninguém nunca soube, nem os jogadores. E o técnico como sempre tinha a desculpa na ponta da língua: “armo o time conforme o adversário”... pura besteira. Só isso, não dar padrão tático, já seria o suficiente para explicar seu fracasso. Mas Caio Jr. ainda fez mais, muito mais:

– Demonstrou ser incapaz de modificar o time ao longo do jogo como demonstrou nas várias vezes que o time tinha um (ou dois) jogadores a mais em campo e não soube ajustar o time para tirar partido da situação.


– Criou a falsa lenda de que trabalha psicologicamente a equipe, mas não é isso que se via em campo como nas freqüentes derrotas em pleno Parque Antártica. Quem não se lembra de Caio Jr. dizendo ter mudado o comportamento de Valdívia em campo... até o jogo contra o Vasco. Ou ainda dizer-se responsável por uma evolução de Caio, quando este jogador sempre foi o mesmo individualista de sempre, preocupado em correr apenas quando chegou a hora da definição de seu contrato.

– Falta de pulso com os atletas como ficou demonstrado com Edmundo ao longo de todo aquele ano. Não se via sobre os atletas a saudável pressão por melhorar seus desempenhos. Não se viu um trabalho individual no aperfeiçoamento técnico e físico dos jogadores. Apenas um “amigão” enchendo a bola deles... principalmente do seus protegidos.

– Imodesto chama para si qualidade e feitos que não eram dele. Se Michael jogava um pouquinho, logo dizia que foi por mudar sua posição em campo (posição essa na qual sempre jogou antes de ajudar o time na lateral esquerda por necessidade da equipe). Se Valdívia desequilibra foi em função de suas conversas com o jogador. Teve a petulância de chamar a falta de condição física e mobilidade do Edmundo uma estratégia sua: “quando atacamos ele é meia e quando defendemos ele é atacante”. Se Pierre agrada logo diz que foi ele que o indicou pois conhecia o jogador e sabia de sua condição... mas nada disse de Cristiano e Edmílson. Isto é falta de caráter.

– Contribuiu para a destruição do já quase inexistente futebol de base do clube. O discurso de que estava formando jogadores era simplesmente mentiroso, e ocultava um esquema nebuloso. Tudo começa no Palmeiras B onde Caio Jr. instalou seu comparsa Luis Carlos Cruz que apenas conseguiu fazer com que a equipe caísse para a 3ª divisão em São Paulo. Naquele ano a dupla contratou 24 para o time B e foram alguns deles, e não os jogadores da base, que recebem elogios e oportunidades: Valmir, Bruno Farias, Rick e Luis nunca atuaram na base do clube e chegaram todos pelas mãos de Caio Jr.. Foi curioso ver como Caio Jr. sempre tinha uma palavra em público para elogiar o apenas esforçado e pouco inteligente Valmir, que apareceu no CRB e, apesar da pouca idade, já tivera passagens fracassadas pela Europa (Denislispor-TUR) e Cruzeiro antes de chegar ao Palmeiras. Valmir jogou um par de partidas no time B na medíocre campanha da queda para a 3ª divisão e logo foi lançado no time principal. Até os fraquíssimos Bruno Farias e Rick tiveram oportunidades. Alias quem não se lembra de Caio Jr. referir-se ao Bruno Farias como o potencial substituto do Valdivia? Caio Jr. mentia deslavadamente quando dizia que estava formando jogadores, na verdade estava tentando valorizar alguns protegidos por razões bastante nebulosas.

– Em linha com o tipo de atitude acima, ele criou todo um clima com uma suposta proposta do Vasco da Gama na tentativa de melhorar seu salário. Agora repetiu a dose no Flamengo. O truque é simples: ele diz que tem uma proposta mas está em dúvida pois “ama” trabalhar no clube em que está... se os dirigentes caem na conversa ele embolsa um extra... caso contrário diz que declinou a proposta por “amor” ao clube. Qual o nome que se dá a isso?

– Finalmente, não podemos esquecer algumas de suas contratações: quem poderia esperar algo de Paulo Sérgio (já com 29 anos e sem nenhuma expressividade em sua carreira), Edmílson (30 anos de anonimato), Florentin (contratado por DVD), Max (24 anos e reserva no América-RN), Rodrigão (encostado no Atlético-PR e em fim de carreira), Cristiano (27 anos de inexpressividade no futebol), Makelele (sem comentários) ou Luiz Henrique (idêntico ao caso do Cristiano). Oito inutilidades, algumas delas ainda penduradas na folha de pagamento do clube.

Saindo do Palmeiras Caio Jr. foi para o Goiás. Era a chance de ganhar seu primeiro título, mas terminou perdendo para um time desconhecido. E agora está conseguindo desarrumar o time prontinho que herdou do Joel.

Por tudo isso, Deus nos livre de um retorno do famigerado Caio Junior.