13 de janeiro de 2011

Esqueceram de puxar a descarga

Careca, barba branca por fazer e gorducho, o (ex)goleiro Marcos fala em "terminar (a carreira) por cima". É um tanto tarde para isso. Tivesse tomado esta decisão no começo de 2004 e ele teria realmente encerrado, ainda que um tanto precocemente em função de problemas físicos, no auge. É verdade que não alcançou muitos títulos, pois se tornou titular do Palmeiras apenas no final da era Parmalat. Mas a conquista da Liberadores e sua excelente participação na conquista do penta-campeonato mundial pelo Brasil foram bastante expressivas.

Mas não foi assim. Marcos insistiu, sob os olhares complacentes de dirigentes e torcedores, em subsistir por longos sete anos como o mais caro come-e-dorme da história do Palmeiras. Depois de jogar pouco e, na maioria das vezes mal, nestes arrastados sete anos, Marcos deve repetir a dose pelo oitavo ano consecutivo. São oito cancerígenos anos para apenas cinco como titular e jogador efetivo. Seu recentemente lançado ridículo bonequinho seria mais realista se a base fosse uma privada.