O fascínio que a tecnologia provoca no homem materialista, sem espiritualidade, dos nossos dias apresenta situações ridículas também no futebol. As transmissões de futebol usam a palavra interatividade de forma desastrosa. Parecem reviver os tempos daquelas rádios do interior onde o ouvinte mandava recadinhos e fazia perguntas fúteis sobre o nada.
E é exatamente isso que vemos, por exemplo, na Globo onde internautas enviam questões óbvias para a respostas dos comentaristas. E ainda inovam com o coitado aparecendo no vídeo para fazer cara de bunda. Durantes as transmissões na ESPN ficam comentando as bobagens que os internautas mandam para o blog da emissora, e ainda celebram os números de bobagens enviadas. Isso quando não ficam magoadinhos com alguma crítica e se defendem, sem comentar a crítica, para telespectadores que ficam sem entender nada. Outras ainda apenas replicam na tela o nome dos internautas. Estão perdendo o senso do ridículo.
Interatividade seria, por exemplo, o telespectador poder escolher por que câmera gostaria de ver o jogo, e não esta estapafúrdia reinvenção deturpada do "correio elegante".