20 de setembro de 2010

Palmeiras 0 x 2 São Paulo

A derrota no clássico é um resultado normal, mas o desempenho irregular do time preocupa para a continuidade do campeonato. Felipão ainda não conseguiu dar um padrão de jogo definido ao time, cujo elenco tem as carências já conhecidas. A partida foi muito ruim, ganhando alguma emoção apenas após o primeiro gol que o Palmeiras levou novamente de um balão lançado pelo goleiro adversário. A defesa até que vinha fazendo seu papel, mas a dupla de zagueiros é fraquíssima e pode entregar a partida a qualquer momento. Dito e feito. De resto o time careceu de força nas laterais, criatividade no meio de campo, restrita ao meia Valdivia, e qualidade no ataque que naturalmente ressentiu-se da ausência do Kleber.

Deola: Das três bolas com direção ao gol duas entraram, a outra ele rebateu para dentro da área. Não precisa dizer mais nada.
Vitor: Acertou pouco, errou muito. Mas não há alternativa e deve seguir jogando até recuperar a forma... se é que a recupera.
Mauricio Ramos: Não soube se posicionar na hora do gol adversário.
Danilo "Cuspe": Apenas um pouco melhor do que seu companheiro de zaga.
Fabrício: Mesmo deslocado para a lateral-esquerda foi muito superior ao Rivaldo. Patrick: Sem tempo.
Pierre: Não conseguiu dar estabilidade a defesa no segundo tempo.
Marcos Assunção: Muita pouca mobilidade. Ficou restrito a faixa intermediária do campo, mas ao menos acertou os passes.
Márcio Araújo: Muita movimentação, mas sem conseguir ajudar na armação. Luan: Entrou e o time caiu de produção.
Valdivia: Tentou, em vão, armar o time. Faltou companhia de qualidade à frente.
Ewerthon: Era o único que ainda "dialogava" com Valdivia, mas saiu por contusão. Tinga: Uma ou outra jogada, mas ainda não encontrou sua posição em campo.
Tadeu: Violento e grosso, fez papel ridículo. Nas duas únicas vezes que conseguiu dominar a bola e virar o corpo em direção ao gol preferiu tentar um chute impossível ao gol ao invés de buscar um companheiro melhor colocado... tudo por uma cena no DVD.

Os problemas para Felipão são inúmeros:

  • falta um goleiro de confiança no elenco;
  • Vitor não consegue jogar o futebol dos últimos anos e não há um reserva da posição no elenco;
  • a dupla de área é confusa e, dos reservas, apenas Fabrício tem mostrado algo, já que Leandro Amaro é um fantasma;
  • Gabriel Silva não convence o técnico, perdendo assim seu único lateral-esquerdo de ofício;
  • Pierre é uma sobra do volante eficiente dos anos passados;
  • Rivaldo ainda não conseguiu fazer uma única partida ao menos regular;
  • não há reservas para Lincoln e Valdivia;
  • as opção de ataque estão restritas ao Kleber e Ewerthon, já que Luan e Tadeu não conseguem mostrar ao que vieram, e Dinei e Lenny não inspiram confiança;
  • e não opções prontas nas bases as quais recorrer.

Por isso tudo Felipão deveria focar-se na resolução destes problemas ao invés de choramingar e procurar desculpas na arbitragem.