6 de agosto de 2010

Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço!

A expressão acima é antiga e refere-se a atitude de pessoas de baixa estatura moral. Aquele tipinho que acredita que pode fazer tudo, mas não aceita que lhe façam nada. Lembrei da expressão vendo dois recentes episódios.

Primeiro a tentativa do Fluminense em contratar o volante Edinho. A reação dos dirigentes palestrinos foi enérgica: acharam um absurdo e desrespeito falarem primeiro com o jogador. Para eles o clube deveria ser consultado antes e acusaram o tricolor carioca de tentar aliciar o jogador. Não passou nem um mês e eis que o Palmeiras faz primeiro a cabeça do jogador Valdivia para que este forçasse, junto ao clube árabe, sua saída. Até dinheiro na mão do pai do jogado colocaram. E os mesmo dirigentes que se irritaram com o Fluminense vieram a publico dizer "que quando o jogador quer sair é difícil o clube segurar".

Os episódios acima são apenas mais uma demonstração da falta de caráter dos dirigentes do clube. Mas eles não estão sozinhos, pois nisso lhes acompanham praticamente todos os dirigentes dos outros clubes e a esmagadora maioria dos brasileiros.

Em tempo: não tem problema algum abordar o jogador primeiro, afinal o futebol é um esporte profissional. Ou alguém já viu a empresa X abordar antes a empresa Y quando interessada em algum funcionário desta última? A única diferença no futebol é a questão dos direitos federativos. E aí é apenas uma questão de preço.