10 de julho de 2010

Palmeiras 0 x 2 Boca Juniors

A despedida do Palestra ontem tinha dois objetivos: faturar para minimizar as perdas do recesso com a Copa do Mundo e dar ritmo aos jogadores. Os dois objetivos foram alcançados. A renda bruta de R$1,2 milhões para 17 mil pagantes deve ter deixado uma receita líquida ao redor e R$350 mil (fora os eventuais ganhos com a transmissão da partida) depois de descontada as despesas, incluindo o custo de trazer o Boca Juniors. E a nova comissão técnica teve mais uma chance de ver os jogadores em atuação antes da volta dos jogos oficiais nesta próxima quinta-feira contra o Santos no Pacaembu.

Não dá para tirar muitas conclusões de uma partida amistosa. Por isso não vou avaliar jogadores individualmente. Apenas arrisco a dizer que velhos temas seguem prementes no time:

  • Temos uma situação incômoda no gol. Marcos é um inútil e as alternativas não transmitem confiança.
  • A dupla de zaga Maurício Ramos e Danilo "Cuspe" não é a melhor alternativa.
  • Kleber e Ewerthon têm característica de segundo atacante e faz falta um jogador de área. Será que somente Tadeu dá conta do recado?

No final do jogo Murtosa escorregou na semântica. Disse que falta "quantidade" ao elenco. O que ele quis dizer é que há pouca "qualidade" entre os 28 jogadores alocados no elenco principal, nos outros 25 jogadores emprestados ou encostados, e nos 49 jogadores do sub-20. Aí sim ele te razão: há pouca "qualidade" entre estas 102 opções. Sem dúvida Felipão terá trabalho pela frente. Pena que se perderam cinco semanas que poderiam ter sido aproveitadas para preparar melhor o time.

Nota triste do evento correu por conta da péssima organização que obrigou os torcedores a ficarem horas em filas, mesmo tendo comprado seus ingressos com antecedência. Mas isso não incomodava os vermes encastelados no camarote presidencial, ironicamente sustentado por estes mesmo torcedores desprezados.