Os dirigentes estão repetindo o repertório do ano passado. Desta vez, ao invés da volta de Vagner Love quem voltou foi Kleber, e no lugar da milionária contratação de Muricy para o comando do time, fecharam com o ainda mais milionário retorno de Felipão. Também igual ao ano passado duas coisas eram esperadas: que o time melhorasse seu desempenho e um rombo no caixa. Só aconteceu esta última: um déficit de R$41,2 milhões em 2009 conforme publicado no balanço do clube no site do diário oficial. Depois do falso discurso de "temos um bom elenco e faremos apenas ajustes cirúrgicos" que vigorou até poucas semanas atrás, o Palmeiras voltou a fase megalomaníaca. Uma certeza já temos: mais um grande déficit no balanço do ano. Resta a esperança de que desta vez o time responda em campo.
Observemos a frase proferida por Belluzzóquio para a Gazeta Esportiva: "Eu tenho lido muitas coisas na imprensa, muitas besteiras. Você acha que eu faria uma contratação sem uma fonte de recursos? Isso que vem sendo falado é coisa de débil mental. Conversamos sim, com potenciais investidores. Mas, não tem segredo. O mercado do futebol está em expansão. A contratação não dependeu de meu talento, ou de minha sabedoria".
Respondemos: Sim! Você fez isso no ano passado gerando um déficit de incríveis R$41,2 milhões. E isso é fato! Só mesmo um débil mental para tentar impingir seu flagelo aos outros apesar da eloqüência dos fatos. A única coisa que dá para concordar com Belluzzóquio é quanto sua absoluta falta de talento, ao menos para as coisas honestas e o trabalho, e sua carência de qualquer traço de sabedoria. Belluzzóquio já mentira ao negar os R$450 mil mensais de Muricy, e mente novamente tentando negar os R$700 mil/mês de Felipão.
O desejado crescimento de receita visa cobrir o atual desequilíbrio no caixa onda as despesas estão totalmente fora de controle e a receita no ano passado caiu com relação ao ano anterior. Mas o economista do Plano Cruzado só é bom mesmo para torrar dinheiro dos outros. Para isso conta com a impunidade jurídica e social no clube, e com a proliferação de torcedores-hienas, estes seres ocos, cuja única preocupação na vida é não ser gozado pelo vizinho que torce por outro time.
Dinheiro do Banco Banif e Unimed Seguros serão sempre muito bem-vindos. Mais é bom lembrar que estes eventuais recursos não são dados de presente ao clube para pagar Felipão, e sim em contrapartida de espaço publicitário. Este dinheiro serve para pagar qualquer uma das contas, que, aliás, já não estão sendo pagas há um bom tempo. O empresário de Kleber comentou mais de uma vez que seu jogador saiu do Palmeiras com salários atrasados em seis meses. E isso foi no começo de 2009, antes do novo rombo de R$41,2 milhões. Mas boa administração não faz parte do vocabulário do egocêntrico mitômano. E lá vai o clube em mais uma aventura de alto custo... que ao menos desta vez o time responda em campo.
E falando em desempenho em campo, Felipão é um grande técnico. No Grêmio e Palmeiras atuou com honestidade, coisa rara e observada em poucos técnicos neste putrefato país como Muricy e Dorival Júnior. Deu-se muito bem no Palmeiras. Mas naquela época o futebol era dirigido pela Parmalat. Havia trabalho honesto no futebol profissional e uma grande equipe. Como será agora? Será que os dirigentes vão respeitar a opinião do técnico e trabalhar junto com ele. Ou tentarão, como fizeram com Muricy, enfiar goela baixo da comissão técnica seus esquemas corruptos? Espero que Felipão tenha as rédeas do futebol. Mas isso só saberemos no decorrer dos próximos meses.