Melancólico. Assim estão sendo as últimas rodadas do campeonato paulista para o Palmeiras. O empate de hoje sem abertura de contagem contra o Oeste foi um festival de erros. Para começar é inadmissível que um clube com a torcida que tem o Palmeiras apresente um gramado com drenagem tão ineficiente. E olha que o gramado foi reformado há poucos meses. Mas nada deve ser feito dada a expectativa do início das obras de reformulação do estádio. Falando no estádio, este estava vazio. E infelizmente isso não foi novidade. Ao longo de todo o campeonato paulista o time teve dez mandos de campo e arrecadou apenas R$1,3 milhões líquidos, o que mal paga o salário do Marcos nestes quatro primeiros meses do ano. Ficar fora das finais foi um desastre técnico e financeiro.
Outro detalhe triste desta tarde foi ver o elenco enviado a campo. Além da baixa qualidade do elenco, fomos obrigados a ouvir a mentira de "observar a molecada das bases". Na verdade foi mais uma oportunidade de exibir o produto das negociatas Souza (ex-Dom Bosco), Joãozinho (ex-Noroeste), Eduardo (ex-Paulista) e Ivo (ex-Juventude) do que abrir espaço para os jogadores formados no Palmeiras Gabriel Silva, Gualberto e Vinícius (excluo o Deola que já tem 27 anos). Uma prova disto foi ver Gabriel Silva deslocada na direita para não prejudicar o "esquema" Eduardo. É para isso que dispensaram Muricy e trouxeram Zago, um técnico afeito aos esquemas de enriquecimento de dirigentes e empresários.
Com o campo em péssimo estado e dois times medíocres o jogo só podia ser mesmo horroroso, sem nenhum destaque. Nem vale a pena comentar as atuações individuais tamanha a mediocridade geral e o alto número de lances patéticos.