Os dirigentes palmeirenses respiram aliviados com a saída de Vagner Love. Para eles, mais importante do que o calote que deram em suas obrigações para com o atleta, será não ter que pagar seu salário de R$450 mil/mês até o final de julho. E como pensam apenas no curto-prazo e aparências, eles nem mais ligaram para os 5% do valor de uma futura eventual negociação do jogador dos quais abriram mão. Valor potencialmente muito maior do que o calote aplicado. São mesmo uns patetas ridículos. Quanto ao Vagner Love não o critico. E como poderia? Ele foi quem decidiu voltar ao Palmeiras no ano passado. Tomou a iniciativa, convenceu os russos a liberá-lo, abriu mão de algumas coisas e, como os nossos dirigentes disseram várias vezes, escolheu o Palmeiras para voltar. O atacante sonhava com maior visibilidade para conquistar uma vaga para a seleção. Acreditou que o Palmeiras, então líder da Série A, seria a melhor vitrine, pois nada como um título nacional e a disputa de Libertadores para ficar em evidência. Mas as coisas não saíram como ele sonhava. O seu desempenho individual e do time como um todo ficaram longe do esperado, o título não veio e nem a classificação para a Libertadores. Para completar houve o notório incidente com alguns torcedores e Vagner Love partiu para um plano B. Fiel ao seu objetivo de disputar a Copa do Mundo, Vagner Love tenta sua última cartada fazendo dupla com o provável convocado Adriano na vitrine do Maracanã e na Libertadores. Assim como escolheu o Palmeiras antes, ele escolheu o Flamengo agora. Tudo em linha com o seu objetivo inicial.
Se antes precisávamos contratar dois atacantes, agora será preciso trazer três bons valores. E o campeonato começa depois de amanhã.
