14 de dezembro de 2009

Arena e mentiras

Hoje, 14 de setembro, é uma data simbólica. Há exatamente dois anos o Palmeiras assinava contrato de parceria com a Wtorres para construção da já lendária arena multiuso no lugar do atual estádio Palestra Itália. Era uma sexta-feira e a mídia foi convidada para registrar o evento para a felicidade de Belluzzóquio (foto do evento) que adora fazer caras e bocas para fotógrafos e segurar um microfone, de preferência longo e grosso. Logo na segunda-feira houve uma grande festa na Sala São Paulo para apresentar a futura arena para a coletividade. Para esta turma do Muda Palmeiras balada é marketing...

Mas o que diziam os dirigentes há dois anos sobre a arena? Entre exemplos da Arena do Ajax e sonhos com a Copa Do Mundo de 2014, três afirmações foram marcantes conforme publicado pelo site do Estadão na época. Vamos à elas:

  • Luís Davante, diretor da Wtorres, afirmou que a empreendedora iniciaria as construções no primeiro semestre de 2008 pois já dispunha dos recursos necessários (avaliados em R$250 milhões), enquanto procurava parceiros financeiros.
  • O prazo de construção da arena era estipulado em dois anos, devendo sua inauguração ocorrer no primeiro semestre de 2010.
  • Otimistas, os dirigentes do Palmeiras e da Wtorre, diziam que a busca por parceiros seria facilitada pelo fato do projeto já estar aprovado pela prefeitura municipal de São Paulo, evitando burocracia e facilitando futuras negociações com grupos de investimentos.

Quanta mentira! Cadê o dinheiro, cadê as aprovações na prefeitura, cadê as obras e cadê a inauguração nos próximos meses? A única verdade nesta história toda é que não há parceiros comerciais. Não tem dinheiro. Por isso briguinhas internas entre os mafiosos conselheiros e problemas burocráticos são muito benvindos. As atuais obras no gramado do Palestra podem ser um mau sinal de que vamos passar a data da prometida inauguração do estádios sem que as obras tenha sequer começado.


Por isso digo que entre Mustafá e Belluzzóquio a diferença é só aparente. Enquanto a maquete do novo estádio de Mustafá era de isopor e resina, a de Belluzzóquio é virtual. Será que a arena será também apenas virtual?