Obina e Maurício erraram feio, prejudicaram o time e envergonharam o Palmeiras. Uma punição era mandatória. Mas os dirigentes aproveitaram a oportunidade para fazer o seu jogo de aparências. Notem a similaridade com a reação aos erros da arbitragem na partida contra o Fluminense: emoção a flor da pele e força destemperada. Isso é fácil de entender. Com os resultados abaixo do esperado por eles, os dirigentes do clube buscam colar em qualquer um, que não sejam eles, o que consideram um fracasso. A emoção também corre por conta do grande endividamento feito pelo título que dificilmente virá.
Além de buscar provocar o efeito acima, a decisão de afastamento dos atletas foi facilitada por quem eles eram. Imagina se a briga tivesse sido entre Marcos e Pierre, seriam eles afastados assim? Claro que não. Obina dificilmente seria adquirido ao final do ano, e Maurício é um jovem que ainda precisa mostrar a que veio. Mas como o jovem zagueiro pertence metade a Traffic, não será nada surpreendente que ele tenha um tratamento diferenciado. Afinal, manda quem pode e obedece quem tem juízo... ou interesses.