25 de agosto de 2009

Valeu à pena?

Dois aspectos chamam atenção neste recente episódio da quase venda de Maurício Ramos que culminou com a compra de metade do seu passe e renovação do seu contrato. Em primeiro lugar vale destacar o potencial de valorização que um time como o Palmeiras propícia. Maurício Ramos já tem 24 anos e nunca se havia destacado no futebol visto que ficou a metade 2006 e todo 2007 no São Caetano sem chamar a atenção ninguém, e no Coritiba era considerado inferior ao Jeci. No Palmeiras até agora se mostrou bastante irregular e limitado tecnicamente, colocando sérias dúvidas sobre a validade de sua contratação ao final do período de empréstimo estipulado até o final deste ano. Mas mesmo assim aparentemente chamou atenção do futebol belga. Digo aparentemente, pois pode se tratar de golpe do seu empresário e/ou Iraty-PR. Em minha opinião o outro Maurício, prata-da-casa, não é inferior ao jogador emprestado pelo Iraty-PR. Daí a óbvia pergunta: não seria melhor ter apostado no ativo que já era do clube ao invés de valorizar o atleta de terceiros? Claro que o melhor seria investir no jogado formado nas bases. Mas agora é tarde e gerou o segundo problema: para ficar com o questionado jogador o clube é obrigado a desembolsar R$1,8 milhões por metade dos seus direitos, dá-lhe um aumento salarial e contrato até fevereiro 2014. Ou seja, Maurício Ramos já ascendeu ao PPP do clube e garantiu o seu ganha-pão até completar 29 anos. Será que valeu a pena este investimento presente e custos projetados para os próximos cinco anos? Eu acho que não.