O mais positivo da vitória de ontem foi a constatação das amostras que Muricy está dando de conhecer o time. Diferentemente de outras partidas no Palestra, ele não teve dúvida em colocar o time em campo no 4-4-2, e quando da contusão de Cleiton Xavier optou por Deyvid ao invés de entrar com um outro volante. Com sua pedida de mais um atacante e a opção de um canhoto na armação mostra conhecimento das carências do elenco atiual. E começa a notar as oportunidades de melhoria nos jogadores, como a falta de habilidade na armação que Souza apresenta. Com isso tudo, a vitória foi bem merecida apesar do jogo fraco para quem esperava bem mais de dois postulantes ao título. O Palmeiras venceu muito mais pela disciplina tática e espírito de luta apresentados. A defesa estava bem posicionada, que pese a falta de Pierre. E o ataque foi efetivo nas poucas oportunidades criadas. Individualmente o destaque acaba indo para Diego Souza que em duas tentativas isoladas cavou o pênalti do primeiro gol e gerou a sobra para Ortigoza fazer o segundo.
Marcos: Sem culpa no gol.
Wendel: Fez seu arroz-com-feijão.
Maurício: Foi bem ao seu estilo: aplicado, seguro, veloz. Merece mais oportunidades.
Danilo: Acompanhou bem o companheiro de zaga.
Pablo Armero: Senti sua falta no apoio ao ataque.
Edmilson: Ajudou taticamente atrás e na saída de bola. Mas longe da força que Pierre apresenta frente à zaga. Jumar: Sua entrada desarrumou um pouco o meio de campo. E isso não surpreende.
Souza: Importante no combate no meio-de-campo. Pode crescer com o trabalho que Muricy prometeu fazer para melhor seu fundamento do passe.
Cleiton Xavier: Sem tempo. Deyvid: Não tem as mesmas características de Cleiton, mas se desdobrou na marcação. Desempenho razoável. Sandro Silva: Pouco tempo. Mesmo assim não cumpriu a função de fechar mais a entrada da área, pois estava mais preocupado em fazer sua "chapeleta". Nada de novo.
Diego Souza: Bem marcado, procurou soltar mais a bola e foi recompensado em duas tentativas individuais na hora certa.
Ortigoza: Luta e aplicação de sempre, e oportunismo no gol.
Obina: Muita dedicação. O gol, mesmo que de pênalti, foi importante para acabar com o jejum de ir às redes.
A vitória foi crucial contra um candidato direto ao título. O Inter tem elenco melhor que do Palmeiras, mas vem se perdendo entre diferentes competições (Copa do Brasil, Recopa Sul-americana, Copa Suruga e, agora, a Sul-amercicana), tem o péssimo Tite no banco e sofre com seguidas ausências (ontem não teve Bolívar, Índio, Magrão e D'Alessandro, e faltam estrear Eller e Edu). Problema deles.
O time segue a difícil seqüência inicial do segundo turno contra o São Paulo, no Morumbi, outro concorrente direto ao título. Mas agora o time começa a ter jogos apenas no final de semana e, assim, Muricy pode maximizar o que ele tem em mãos.