Parece que alguém viu a luz no Palestra. Será? No ano passado Belluzzóquio e sua gangue inflacionaram o mercado da bola pagando o absurdo salário de Luxemburgo e comitiva. Também inflaram salário de jogadores, como os absurdos R$68 mil mensais de Max (que passam para R$84 mil no próximo ano). Até poucas semanas atrás ainda diziam que o salário de Luxemburgo não era assim tão caro, era um investimento com bom retorno. Agora tudo mudou, dispensaram o técnico e dizem que vão rescindir contrato de (apenas) treze atletas, o de Jeci será o primeiro. Até ao discurso sobre teto salarial para o futebol Belluzzóquio está aderindo. Por que não agiu assim antes? O problema é que o economista do Plano Cruzado não consegue administrar nem um carrinho de pipoca. Quem está acostumado a viver nababescamente do Erário realmente tem dificuldade com estas coisas tão "pequeno burguesas" como trabalhar honestamente. Tanto que Belluzzóquio já fala em pegar dinheiro do BNDS para ajudar aos clubes de futebol. É o crime perfeito: os dirigentes fazem e desfazem e o torcedor paga a conta duas vezes – como torcedor e como cidadão. Mas para o economista do Plano Cruzado não há nada de errado. "Não estou falando em dar dinheiro público, mas em oferecer financiamento. Isso não tem nada de mais", ele disse ao Estadão. Para Belluzzóquio subsidiar juros baixos com o dinheiro público para cobrir a safadeza dos cartolas "não tem nada de mais"! Só mesmo na cabeça de comunista...
Caso queira efetivamente fazer algo, Belluzzóquio pode continuar a limpa no elenco. Entre encostados, emprestados subsidiados, divisões de base inócuas e inchaço de elenco há ao menos 80 jogadores a serem dispensados. Pode dispensar seus inúteis diretores remunerados. Pode ainda estancar o déficit do clube social. Enfim, trabalhar honestamente. Será que ele sabe o que é isso?
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Banquei o asco e escutei a entrevista de Belluzzóquio na Rádio Globo no início da noite de sexta-feira última. Dentro do seu habitual besteirol, ele exemplificou a perfeição a hipocrisia esquerdista em pelo menos duas ocasiões:
- Numa delas disse que não gosta de dedo-duro que fala de ex-técnico e jogadores, para em seguida criticar Keirrison pelas costas com suas mentiras.
- Quando perguntado sobre o porquê da venda de Kleber disse que não gostar de eximir-se de responsabilidades, mas que não era ainda presidente quando ele saiu do clube (como se ele já não fosse a eminência parda do Muda Palmeiras que já mandava no futebol).
A mecânica é simplória: defender uma posição para logo em seguida fazer o contrário. É como se dissessem que "isso é feio e eu não faço" para logo em seguida, por defender tal posição, se sentir livre para agir exatamente da forma que acabou de contestar. Vemos isso também na política nacional com o PT fazendo numa escala piorada tudo aquilo que antes criticava, ou seja, corrupção, nepotismo, tráfico de influência, destruição da estrutura democrática e todas as outras mazelas que conhecemos tão bem. Simplório mas eficaz junto às massas estupidificadas destes tempos.