Atuar com os reservas era mesmo a coisa certa a ser feita, poder-se-ia até poupar todos os titulares. Por isso o resultado de empate não foi ruim. Mas vi muito erros e poucos acertos no jogo de ontem. Para começar preocupa o fato de Ortigoza não ter sido aproveitado. Ele é o único reserva do ataque que joga na posição de Keirrison como referência no ataque (Max obviamente não conta nem para dirigir o ônibus do time), mas parece que seu futebol não motiva seu aproveitamento. O que acontecerá se Keirrison estiver suspenso ou contundido para um jogo importante? É uma carência grave no elenco que Ortigoza deveria suprir... mas onde ele está que não atua nem entre os reservas? Outro problema foi a falta de meias. O sonolento Evandro não faz falta mesmo, mas porque Deyvid não tem mais oportunidades? Ele é o único meia que faz função similar a do Diego Souza, partindo com a bola dominada para cima da defesa adversária, e deveria ser seu reserva imediato. Mas parece que Luxemburgo ainda não acertou seu quinhão com o Grupo Sondas que detém os direitos do jogador, pois está difícil entender a reluta em avaliá-lo melhor. Também chamou negativamente atenção a fragilidade da defesa. Com três zagueiros e dois volantes de contenção o time não conseguiu parar Alex Afonso! Isso só revela a debilidade daqueles jogadores: Maurício Ramos, Jeci, Jumar e Sandro Silva foram contratações equivocadas e Marcão, contratado acertadamente dadas as carência do elenco, também deixou a desejar. E também a dificulade do técnico em acertar o setor defensivo. Finalmente, parece que Luxemburgo está novamente à beira de um ataque de nervos, talvez até motivado pela consciência dos seus inúmeros erros. Sua necessidade de aparecer, falando mais do rechonchudo atacante corintiano do que seus próprios jogadores, e suas brigas com a arbitragem demonstram mais egocentrismo que interesse pelas coisas do Palmeiras. E Belluzzóquio entra na dele e cogita prejudicar jogadores com viagens desnecessárias e perda de treinamento para proteger o técnico no julgamento de segunda-feira, quando a atitude correta seria chamar atenção do técnico com relação as suas equivocadas atitudes. Com tudo isso, o resultado de empate foi positivo. Bruno Cardoso: Foi bem, sem culpa no gol e contando com a sorte.
Maurício Ramos: Ficou perdido no meio da área no gol adversário. Com tantos jogadores na defesa acaba roubando um ou outra bola, mas a saída de jogo demonstra toda sua limitação técnica. Se não serviu para o São Caetano, porque serviria para o Palmeiras?
Jeci: Não viu a cor da bola e saiu. Pierre: Melhorou a marcação no meio de campo.
Marcão: Escorregou no lance do gol e não ajudou na saída de jogo.
Wendel: Protegeu seu setor, mas parece sem força e velocidade para atacar.
Jumar: Exagerou na vontade e acabou prejudicando o time com a sua expulsão.
Sandro Silva: Só marca quando o jogador passa ao seu lado, o que ocorre raramente. E é nulo no ataque e taticamente não existe. Irrita ver sua posse de Pelé para dar inócuos passes laterais.
Willians: Perdido em campo com a invenção de Luxemburgo no tripé de ataque. Pouco produziu. Cleiton Xavier: Outra apagada atuação. Estas oscilações são uma tônica em sua pouco brilhante carreira.
Pablo Armero: Foi a melhor opção de saída de jogo e ataque do time.
Marquinhos: Mas uma vez não convenceu e mereceu sair. Keirrison: Entrou mal e nada fez.
Lenny: Salvou-se pela presença no gol. No mais nada conseguiu realizar.
Ontem também vimos dois jogadores do clube atuando pelo Ituano: Valmir (negociata de Caio Jr. endossada pelos Três Patetas) relembrou toda sua incompetência e Reinaldo foi apenas razoável. Será que ele é pior que o ridículo Sandro Silva? Vimos também o fraquíssimo Moacir que a Traffic colocou no Palmeiras no ano passado e que Luxemburgo teve a pachorra de inscrever na Sul-americana, deixando um recuperado Deyvid de fora. Tudo nas barbas dos coniventes dirigentes sem escrúpulos.
Nos próximos dois compromissos em casa (Barueri e Noroeste) o time tem que conseguir duas vitórias para abrir uma vantagem de quatro pontos sobre o segundo colocado, ou de até pontos mais caso o Corinthians não vença o embalado Santo André no ABC.
