14 de dezembro de 2008

Precisamos de dirigentes palestrinos

O cinismo da corja dos dirigentes que infestam o Palmeiras não tem limite. Della Monica ofende nossa inteligência com a seguinte declaração dada após sua frustrada tentativa de prorrogar seu mandato como presidente do clube: "Nosso intuito não era a prorrogação do mandato, mas sim promover algo que seria, em nossos entender, melhor para o clube. Mas se não é assim que pensa a maior parte dos sócios, não nos cabe questionar. E como acima de tudo sempre colocamos o Palmeiras, garantimos que seguiremos no comando com a mesma dedicação e responsabilidade até que o novo presidente tome posse". Explica-se: junto com a proposta de prorrogação do mandato havia a muita desejada mudança na data das eleição de janeiro para dezembro, quando a mudança de comando atrapalharia menos o planejamento do futebol.

Mas então porque Della Monica não colocou em votação apenas a questão de mudança de data? Porque inseriu também mais um aninho de poder? É muita cara de pau!

Outro ponto é a inércia dos atuais dirigentes diante da perspectiva de perda do poder. Ninguém que torce pelo Palmeiras deseja a volta de Mustafá, mas a atitude de deixar o time em suspense, perdendo seus jogadores e sem perspectiva de uma boa pré-temporada passa longe da "dedicação e responsabilidade" que o mandatário profere ao léu.

Um verdadeiro palestrino estaria fazendo tudo pelo time independente de quem assumiria a direção e eventuais glorias futuras, afinal o Palmeiras viria em primeiro lugar. Mas como já foi demonstrado inúmeras vezes entre Mustafá, Cipullo, Della Monica, Belluzzo e a esmagadora maioria dos "300 Malditos" não existem palestrinos!