Foi triste ver o time em campo nesta tarde, com até Kleber falhando o Palmeiras não empolgou em nenhum momento. E olha que jogávamos em casa contra um time abatido que vinha de cinco derrotas e um empate nos últimos seis jogos, e que os jogadores não recebem salários há três meses. Confuso na defesa, inexpressivo no meio-de-campo e afobado no ataque, o time foi um reflexo da decadência que o abateu desde a metade do segundo turno: nos últimos 10 jogos o time fez apenas 40% dos pontos em disputa, e apenas 26% dos pontos nos últimos cinco jogos (sendo três destes jogos em casa)!
Como técnico e dirigentes podem esperar algo de jogadores como Capixaba, Sandro Silva, Evandro e Jeci que hoje começaram de titular? Que dizer das entradas de Denílson e Jumar? E Thiago Cunha? Como um jogador tão medíocre pode vestir a camisa do Palmeiras?
Apesar da importante classificação, não dá para não ficar preocupado com o que vai acontecer com o Palmeiras no futuro. Este ano vimos um bom trabalho no início do ano. Montou-se um bom time e o Palmeiras ganhou com méritos o campeonato regional, capitalizando na atenção que São Paulo e Santos dedicavam a Libertadores e na total remontagem do time do Corinthians. Mas no segundo semestre destruíram tudo... parecia que, como prêmio pelo título e suas conseqüências políticas, os dirigentes entregaram o time as rapinas Traffic, Luxemburgo e empresários. O time foi perdendo qualidade, os jogadores advindos de negociatas foram inexplicavelmente ganhando espaço e por sorte o campeonato acabou hoje, caso contrário poderia até ficar fora da Libertadores.
Nas próximas semanas, no meio das indefinições políticas pela eleição, o time terá que buscar uma nova comissão técnica (oxalá), negociar renovação de contrato com praticamente todas as peças válidas do elenco e fazer contratações relevantes. Torço para que o trabalho a ser feito repita o primeiro semestre deste ano e não o absurdo que vimos no segundo semestre. Mas desde já nota zero para o planejamento!