Alguns leitores da postagem “O time não deve sustentar o clube social, nem vice-versa” (datado 6/setembro) questionaram se não seria normal que times de futebol financiassem os clubes sociais aos quais estão ligados. Argumentam que este fato é corriqueiro no futebol e não poderia ser diferente no Palmeiras.
Ocorre que há clubes sociais que sobrevivem com suas próprias pernas sem nem sequer ter uma equipe de futebol profissional, sendo esta a situação da esmagadora maioria dos clubes no país. Ou ainda há outros que também tem uma equipe profissional de futebol e sustentam-se sem drenar recursos da mesma, o exemplo que me vem a mente agora é do Juventus da capital.
Porque então outros clubes com times profissionais de futebol, caso das principais equipes do país, acabam promiscuindo suas finanças? A explicação parece simples. Associados do clube têm o direito de votar na eleição dos dirigentes, logo estes não medem esforços para manterem-se no poder, mesmo as expensas do time. E porque fazem tanta questão de manterem-se no poder? Além da notória pequenez humana em desejar poder, creio que a outra razão passa pelas vultosas somas de dinheiro que escoam pelos noticiados escândalos que com freqüência lemos e ouvimos na mídia.
Creio que as finanças destes clubes seriam bem diferentes se fossem empresas de capital aberto ou ainda se seus dirigentes fossem eleitos pelos torcedores (associados e não-associados). Seguramente os famosos casos de verdadeiras tiranias encasteladas no poder não ocorreriam com tanta freqüência.